domingo, 9 de fevereiro de 2014

Com 3 anos e ainda me deixa sem fôlego… pelos piores motivos!


Sempre pensei que à medida que cresciam, as crianças provocavam nos pais menos ataques de ansiedade. Ou seja, pensei que aqueles stresses iniciais que os pais têm, aquele medo que lhes aconteça alguma coisa, tipo porem os dedos nas tomadas, comerem um boneco qualquer ou uma pedra da rua… essas coisas… pensei que havia uma altura que dava para os pais relaxarem em relação a estas coisas. E, ingenuamente, pensei que essa altura era já agora, aos 3 anos. No entanto, não só parece que me enganei redondamente, como passei a acreditar, desde ontem, que tenho de estar mais desperta que nunca.

No sábado, o Gonçalo conseguiu fazer-me suster a respiração por duas vezes. Numa delas, não sei o que é que lhe deu, mas resolveu pôr uma peça de um brinquedo na boca. Uma peça enorme… e era tão fácil aquilo correr mal!!

Ele estava ao meu lado e eu nem vi. Aliás, ele estava ao pé de mim e dos meus pais e nenhum de nós viu nada! Quando reparei, porque ele me avisou, consegui, por uma força qualquer divina, contrariar o meu pânico e manter uma calma fora do normal. Sendo que calma era coisa que eu não estava e posso confessar que quando ele me deu a peça para a mão só me apeteceu chorar de nervos!

Ainda mal me tinha refeito desta, eis se não quando o miúdo me põe um saco de plástico na cabeça. Eu tinha saído do quarto dele 10 segundos antes e aquele saco serve para guardar umas peças de um puzzle que costumamos fazer dezenas de vezes. Não sei o que é que lhe deu para o pôr na cabeça. Disse que era um chapéu, vejam só!

Digam-me, não era suposto eu poder sentir já uma certa tranquilidade ao deixá-lo a brincar sozinho no quarto?

Só sei que, e acreditem ou não, estas duas situações deixaram-me exausta, tal foi a dose de stress e preocupação que geraram em mim. Senti-me tão impotente e tão sem controlo das coisas. Senti que os "7 olhos" serão sempre poucos e que, realmente é verdade o que dizem. Não há essa coisa dos pais poderem respirar fundo, como quem está descansado, seja em que idade for. Se não for por causa de uma coisa, é por causa de outra! Que canseira!

2 comentários:

  1. O episódio do brinquedo fez-me recordar um episódio que experienciei há já uma porrada de anos, era o meu irmão um bebé de, no máximo 2 anos. Em viagem, os meus pais pararam numa estação de serviço para beber um café. As colheres que serviam para mexer o café eram "pauzinhos" de plástico. O miúdo, ao colo da minha mãe, e sem que ninguém se apercebesse, resolveu meter aquilo à boca. Uns segundos depois, começou a afixiar. Lembro-me perfeitamente do meu pai começar a gritar e do sangue-frio da minha mãe ao enfiar dois dedos bem lá para o fundo da gargantinha dele e conseguir tirar o objeto. No fim, estava absolutamente pálida e à beira de lágrimas. Mas foi uma verdadeira heroína!

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    1. Gostei muito de ler a sua partilha. De facto é impressionante as forças e o sangue frio que as mães vão buscar nas situações mais estranhas. Ainda bem que acabou tudo em bem <3 beijinhos

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