terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Não Cumprirei com as Promessas de Ano Novo! (texto de Madalena van Zeller Muñoz, Life Coach)

Foto retirada da internet.
Não cumprir as promessas de ano novo parece ser o que cumprimos religiosamente.

Como cumprir as promessas a que nos propomos para o novo ano é um enigma que todas as pessoas que falharam e desistiram vão querer, um dia, responder. Não hoje, porque hoje é mais um dia para adiar as promessas, mas vai chegar o dia em que mais pessoas se debruçarão sobre esta questão.

“Afinal quem é que manda aqui? Se eu consigo aquilo e mais aquilo, porque não consigo isto? O que se passa, afinal, dentro de nós, que parece que algo superior e mais forte não nos deixa alcançar as metas a que nos propomos? Irra!”

Mas o enigma está prestes a ser desvendado.

Todos somos movidos pelas emoções. Se gostamos de chocolate, comemos e queremos mais. Se não gostamos de ervilhas, comemos poucas ou então não as queremos comer nunca mais. Simples!

O mesmo se passa com os nossos hobbies, com o nosso trabalho, com as idas ao ginásio, com o fumar, com o beber, com o poupar dinheiro, com o investimento em desenvolvimento pessoal, com os relacionamentos amorosos, familiares, amizades, com o organizar da casa, com a nossa espiritualidade, etc. Todas as áreas da nossa vida são movidas a emoções de prazer e dor.

Mas o que é uma emoção de prazer para uma mãe, pode ser uma emoção de dor para um pai. E, indo um pouco “mais fundo”, o que é uma emoção de prazer ou dor para uma mãe ou para um pai, depende das suas crenças e valores, e estas são diferentes de pessoa para pessoa. E isto é importante compreender e aceitar. Repito: isto é importante compreender e aceitar. Todos somos feitos de valores que emitem crenças, e daqui nascem as nossas emoções de dor ou prazer. Por seu lado, daqui nascem ações que geram resultados que, positivos ou negativos, são sempre o ponto final deste encadeamento.

Por isso, se o seu marido tiver excesso de peso, por exemplo – e apenas para ilustrar – não ganha muito em gritar com ele para que pare de comer e beber tanto ou para que deixe de passar os finais de dia e fins-de-semana refastelado a ver televisão. O melhor será tentar investigar com ele, com jeitinho e quando ele quiser, de onde é que vem tudo isso: a que valores é que ele agora está a dar mais importância e significado que, via as suas crenças, as suas emoções e as suas ações, expliquem tais resultados?

Será que ele agora valoriza mais o estar abstraído e distraído com a comida e com a televisão, do que estar dedicado e ocupado com a vida familiar? Se sim, porque será?

Será que ele agora tem a crença limitadora de que mesmo que ele se dedique e dê banho aos filhotes você não vai ligar a isso, mas sim ao facto dele ter deixado a casa de banho numa confusão e de ter demorado muito tempo? Será que a emoção de prazer que outrora ele tinha, tornou-se agora dolorosa por se sentir incompetente e demasiadamente criticado?

Se assim for, é natural e previsível que quando chega a hora de dar banho aos filhos, ele se afaste. Afinal, a televisão não nos critica!

Resultado? Vida familiar menos satisfatória, casamento aquém do potencial, auto estima em baixo, etc.

Como mudar isto? 

Neste exemplo, relativamente prático e propositadamente simples, podia-se propôr que você começasse por “deixá-lo” dar banho aos filhotes como ele quisesse e soubesse, com total autonomia e sem o espiar ou criticar, para que ele sinta toda a alegria a que tem direito, mesmo com espalhafato e desperdício de água envolvidos. Com essa nova emoção presente, o seu marido vai acreditar que “eu sei dar banho aos meus filhos, eu gosto de dar banho aos meus filhos, é um bom tempo passado com eles, é divertido, estou a ajudar a minha mulher e a família, sinto-me bem aqui”, e assim vai-se sentir outra vez competente e com auto estima. Vai passar a valorizar essa “atividade” que, afinal de contas, tem muito significado para ele. Quando sentimos entusiasmo, paixão e energia por algo, é quando passamos à ação. De outro modo, estamos desmotivados.

Por isso, se quer cumprir com as promessas de ano novo, em qualquer altura do ano, alinhe as suas ações com os seus valores e, com a ajuda preciosa dum coach, derrube crenças limitadoras para que consiga sentir prazer onde até agora tem sentido dor e para que comece a pôr em prática e só pare quando atingir os resultados que deseja. É um esforço recompensador sentir que, afinal, mesmo no mundo atarefado de “entre biberons e batons”, quem manda aqui somos nós.  

Madalena van Zeller Muñoz, Life Coach

www.madalenamunoz.com

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