Foto retirada da internet. |
Não cumprir as promessas de ano novo parece ser o que
cumprimos religiosamente.
Como cumprir as promessas a que nos propomos para o novo ano é um enigma que
todas as pessoas que falharam e desistiram vão querer, um dia, responder. Não
hoje, porque hoje é mais um dia para adiar as promessas, mas vai chegar o dia
em que mais pessoas se debruçarão sobre esta questão.
“Afinal quem é que manda aqui? Se eu consigo aquilo e mais
aquilo, porque não consigo isto? O que se passa, afinal, dentro de nós, que
parece que algo superior e mais forte não nos deixa alcançar as metas a que nos
propomos? Irra!”
Mas o enigma está prestes a ser desvendado.
Todos somos movidos pelas emoções. Se gostamos de chocolate,
comemos e queremos mais. Se não gostamos de ervilhas, comemos poucas ou então não as queremos comer nunca mais. Simples!
O mesmo se passa com os nossos hobbies, com o nosso trabalho,
com as idas ao ginásio, com o fumar, com o beber, com o poupar dinheiro, com o
investimento em desenvolvimento pessoal, com os relacionamentos amorosos,
familiares, amizades, com o organizar da casa, com a nossa espiritualidade, etc.
Todas as áreas da nossa vida são movidas a emoções de prazer e dor.
Mas o que é uma emoção de prazer para uma mãe, pode ser uma
emoção de dor para um pai. E, indo um pouco “mais fundo”, o que é uma emoção de
prazer ou dor para uma mãe ou para um pai, depende das suas crenças e valores, e
estas são diferentes de pessoa para pessoa. E isto é importante compreender e
aceitar. Repito: isto é importante compreender e aceitar. Todos somos feitos de
valores que emitem crenças, e daqui nascem as nossas emoções de dor ou prazer.
Por seu lado, daqui nascem ações que geram resultados que, positivos
ou negativos, são sempre o ponto final deste encadeamento.
Por isso, se o seu marido tiver excesso de peso, por exemplo
– e apenas para ilustrar – não ganha muito em gritar com ele para que pare de
comer e beber tanto ou para que deixe de passar os finais de dia e fins-de-semana
refastelado a ver televisão. O melhor será tentar investigar com ele, com
jeitinho e quando ele quiser, de onde é que vem tudo isso: a que valores é que
ele agora está a dar mais importância e significado que, via as suas crenças,
as suas emoções e as suas ações, expliquem tais resultados?
Será que ele agora valoriza mais o estar abstraído e
distraído com a comida e com a televisão, do que estar dedicado e ocupado com a
vida familiar? Se sim, porque será?
Será que ele agora tem a crença limitadora de que mesmo que
ele se dedique e dê banho aos filhotes você não vai ligar a isso, mas sim ao
facto dele ter deixado a casa de banho numa confusão e de ter demorado muito
tempo? Será que a emoção de prazer que outrora ele tinha, tornou-se agora dolorosa por se sentir incompetente e demasiadamente criticado?
Se assim for, é natural e previsível que quando chega a hora
de dar banho aos filhos, ele se afaste. Afinal, a televisão não nos critica!
Resultado? Vida familiar menos satisfatória, casamento aquém
do potencial, auto estima em baixo, etc.
Como mudar isto?
Neste exemplo, relativamente prático e
propositadamente simples, podia-se propôr que você começasse por “deixá-lo” dar
banho aos filhotes como ele quisesse e soubesse, com total autonomia e sem o espiar ou criticar, para que ele sinta toda a alegria a que tem direito, mesmo
com espalhafato e desperdício de água envolvidos. Com essa nova emoção
presente, o seu marido vai acreditar que “eu sei dar banho aos meus filhos, eu gosto
de dar banho aos meus filhos, é um bom tempo passado com eles, é divertido,
estou a ajudar a minha mulher e a família, sinto-me bem aqui”, e assim vai-se
sentir outra vez competente e com auto estima. Vai passar a valorizar essa “atividade” que, afinal de contas, tem muito significado para ele. Quando sentimos
entusiasmo, paixão e energia por algo, é quando passamos à ação. De outro modo,
estamos desmotivados.
Por isso, se quer cumprir com as promessas de ano novo, em
qualquer altura do ano, alinhe as suas ações com os seus valores e, com a ajuda
preciosa dum coach, derrube crenças limitadoras para que consiga sentir prazer
onde até agora tem sentido dor e para que comece a pôr em prática e só pare
quando atingir os resultados que deseja. É um esforço recompensador sentir que,
afinal, mesmo no mundo atarefado de “entre biberons e batons”, quem manda aqui
somos nós.
Madalena
van Zeller Muñoz, Life Coach
www.madalenamunoz.com
Adorei este texto! Fantástico! :)
ResponderEliminarMérito da Dra. Madalena ;) Obgda pelo feedback Uba! beijinhos
EliminarFico feliz com o generoso feedback! Fantástico! Obrigada, uba.
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