sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

A vida é um lugar estranho… mas bom!


Para mim, uma das melhores coisas do Natal são os convívios com os amigos. Aqueles encontros que são já uma tradição e que nos fazem soltar gargalhadas e sentir uns sortudos por tudo. Por termos saúde, por podermos brindar a isso, por estarmos uns com os outros, por termos amor à nossa volta e por não nos faltar nada daquilo que realmente importa e interessa ter na vida.

Ontem, tive um desses momentos e constatei uma coisa curiosa.

Nestes encontros há sempre uma ou mais pessoas que não tem filhos (curiosamente, no caso de ontem,  eu e o Marco é que éramos a exceção) e cada um acaba por contar o que é que tem feito da vida, passando os assuntos pelas coisas mais sérias, até às mais triviais. Lembro-me que quando o Gonçalo nasceu sentia alguma "inveja"daquela liberdade vivida pelos que não tinham filhos. Das noitadas, dos cinemas, dos programas combinados em cima do joelho e no improviso…

Nunca tive dúvidas de que nunca fui tão feliz como desde que o Gonçalo nasceu. Ou que ele era a melhor "coisa" que me tinha acontecido na vida! Mas que sentia saudades do "antes", sentia. Estaria a mentir se dissesse que não.

Ontem, dei por mim a não sentir as coisas da mesma maneira. É claro que continuo a ter saudades de tudo na mesma, mas é diferente. Não sei explicar bem, mas é diferente. É como se agora sentisse com mais serenidade as saudades do estilo de vida que já não tenho. Aquela serenidade que não nos traz um pingo de angústia, ansiedade ou qualquer outro sentimento menos positivo. É estranho… mas é aquele estranho bom. Que nos faz sorrir quando o sentimos.

3 comentários:

  1. Eu é o contrário não tenho filhos e olho para quem tem e fico tão triste que chego a chorar... Há sempre oportunidades para estar com amigos senão é de improviso é planeado. Mas quem não tem filhos não tem e ponto. Não tem opção!!

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    1. :( Não sei qual é a sua situação e vou estar a especular. Mas deixe-me dizer-lhe que já tive casais amigos em que isso se passava, que chegaram a perder a esperança, mas depois, em ambos os casos, o desejo deles concretizou-se. Desejo-lhe muitas felicidades.

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  2. É aquela sensação de que temos algo bem melhor que noitadas, saídas e tempo para nós. Temos tempo para dar a alguém que veio de nós! :)

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