11 horas seguidas!

Depois de vários noites mal dormidas, porque o Gonçalo não me deixava, e de  duas semanas em que a minha vida consistiu em ir para o trabalho, ir buscar o Gonçalo, tratar dele e da casa e trabalhar no meu segundo trabalho, e culminar isto tudo numa saída à noite com as amigas depois da qual me deitei às 3h da manhã, resolvi deixar o Gonçalo a dormir em casa dos meus pais, de sábado para domingo.

Fui ao cinema com o Marco, à sessão das 18h (um parêntesis para aconselhar o Gravity no IMAX. Grande espetáculo!) e às 22h e pouco deitei-me. Dormi 11 horas seguidas e soube-me pela vida. Nem me lembro da última vez em que tal aconteceu! Precisava tanto, tanto, mas tanto disto, que nem eu própria tinha noção. Aliás, não só me soube bem dormir como deve de ser, como também me fez um bem danado ir ao cinema com o Marco.

A questão é... soube-me bem, fez-me bem, mas senti a maldita culpa de mãe. Mal estou com ele durante a semana (ele passa a vida na escola e eu no trabalho e depois o tempo até ele se ir deitar passa a voar) e assim passou um fim-de-semana em que também mal estive com ele :(

Racionalmente, sei que precisava de descansar e que estava a a ficar esgotada (literalmente), e que, deste modo, nem é para mim nem é para ele. Racionalmente, tenho noção que precisava de carregar energias, porque estava a chegar a um ponto preocupante, mas mesmo assim...

Ele ficou ótimo com os meus pais, mas também senti falta de brincar com ele. De fazer um programa com ele diferente e digno de fim-de-semana. Tenho de o compensar. É só nisto que penso. E não porque me sinto obrigada a fazê-lo. Sinto é uma enorme vontade de passar tempo de qualidade com ele. Costumo fazê-lo ao fim-de-semana, mas neste falhei!

Raios para a "mother guilt"!