terça-feira, 23 de julho de 2013

É por estas e por outras...


O Gonçalo piorou e, hoje, teve de ficar em casa. É óbvio que a minha primeira preocupação foi com ele. Começo logo a pensar em coisas tão parvas e tontas que nem vos digo. Aliás, nunca as escreverei ou verbalizarei. Só para não atrair. A minha cabeça começa a fazer uns filmes do piorio :( Sofro tanto! No entanto, houve outra preocupação que me invadiu assim que soube que ele ia ficar em casa (ainda que esta nem se compare ao peso da outra): como é que eu iria fazer os trabalhos que tinha para fazer?

A verdade é que são quase duas da tarde e ainda não fiz nada que se aproveite :( Ele está sempre a pedir a minha atenção! Ou é porque quer brincar, ou porque quer fazer chichi (depois de o fazer; como anda com o rabinho meio assado, tenho-o posto de cuecas), ou quer água, ou quer que lhe leia uma história... Estou a ficar louca! E pergunto-me: como é que as mulheres que trabalham em casa, com os filhos em casa também, conseguem? E se eu estivesse a trabalhar numa empresa, como é que faria hoje? É que não tenho ninguém para ficar com o meu pequenote. Os meus pais estão para os algarves, os meus sogros também estão longe, o marido hoje tinha de ir trabalhar... tinha de faltar, está visto! E está visto também, dadas muitas notícias que se leem, que é destas coisas que o patronato não gosta. Resultado: uma mãe tem o filho doente, tem de ficar com ele em casa a tratar dele, preocupa-se e fica com o coração pequenino por ver o seu amorzinho doente e stressa porque não está a trabalhar!

Ora, tudo o que uma mulher não precisa nestas circunstâncias é deste último dado na equação. Mas ele está lá! Sempre!

É por estas e por outras que acredito, cada vez mais, e com muita pena minha, que caminhamos a passos largos para ser um país de terceiro mundo!

5 comentários:

  1. Isso acontece-me Sofia, quando os meus ficam doentes (e são 2!) tenho de ser eu a faltar ao trabalho e ficar com eles (moramos longe da família) - e sim, é um stress, por não ir trabalhar, ter de desmarcar consultas e outras actividades, e é um stress maior vê-los doentes...Mas não há alternativas viáveis....E tudo se resolve com calma e esperança que a doença passe rápido - e muito mimo :)

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  2. Oh querida, realmente e a triste realidade. Eu não tenho esse problema, porque no meu caso estou desempregada a demasiado tempo. As melhoras ao teu Pequeno Rei e um beijinho nesse coraçãozinho de mamã, somos todas iguais querida. muita força e vai dando notícias. beijinhos

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  3. Então quando aconteçem aquelas viroses nocturnas, que eles acabam a noite a vomitar e o dia seguinte com febre... ficamos com o coração na mão a ver se a febre baixa para pudermos ir trabalhar, e se não, elo facto de termos de ligar a dizer que não vamos o filho está doente, e do outro lado, ouvir-mos com o maior sarcasmo, o seu filho não adoeçe assim, devia ter avisado com antecedência.

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  4. Infelizmente é assim a situação das Mães que trabalham... :( uma realidade injusta!
    As melhoras para o seu Gonçalo.

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  5. Pois meninas... ser mulher neste país não é fácil! A maior parte das entidades patronais têm mentalidades retrógradas e em nada viradas para o século XXI. Se este país pusesse mais os olhos nos países nórdicos, considerados desenvolvidos por algum motivo, de certeza que não estávamos na situação em que estamos hoje.

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