sexta-feira, 5 de abril de 2013
Mas porquê que eu sou assim????!!!
Ontem, eram quase 20h da noite, quando me chamaram para ir a uma entrevista hoje, às 10h30. Significava isto que tinha passado à segunda fase (yeiiii) e que teria de trabalhar à noite. Preparar-me para a mesma e, claro, pintar as unhas, tratar do cabelo... essas coisas. E os nervos? Ai os nervos!
Como correu? Bem... não sei. As entrevistas deixam-me sempre um pouco nervosa e quando são em inglês deixam-me MUITO nervosa. Logo se verá! Nem quero pensar muito nisto para não criar expetativas.
O que é certo é que saí da entrevista tensa que eu sei lá e fui para casa fazer limpezas (que, como poderão calcular, era mesmo o que me apetecia fazer :P). Depois, ainda fui às compras para a casa. Uff!!!
Cheguei ao final da tarde tãão cansada, tão exausta, que era capaz de me deitar às 18h e dormir até amanhã. Mas entre o que me apetecia e o que podia fazer, ia uma grande diferença! Tinha de ir buscar o meu pirralhinho, fazer o jantar, dar-lhe banho.... Ainda brincámos imenso, e ele está cada vez mais engraçado, mas chegou uma altura em que eu não consegui mais. E ele parece que percebeu. Não é que hoje, logo hoje, e pela primeira vez, o Gonçalo foi para o quarto e esteve sozinho, entretido, durante mais de 20 minutos (para quem nunca fica mais de 5 minutos sozinho, isto foi um enorme progresso!). Lá estava ele no quarto, a "ler" os livros dele, e eu estava mesmo ao lado, na sala, a ouvi-lo e sentada no sofá, a descansar. Aqueles minutos sentada estavam-me a fazer um bem danado, mas ao mesmo tempo estava a ser atacada por um sentimento de culpa gigante por não estar lá com ele. A usufruir dele. A brincar com ele. A dar-lhe beijinhos e miminhos.
Porquê?! Porque é que eu sou assim?! Eu até sei que é bom eles aprenderem a brincar e a estarem sozinhos, mas, ao mesmo tempo, sinto esta culpa irracional e CHATA. Que mói e que incomoda, como uma pedra no sapato! :(
Sou só eu?
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Não há razão para sentires culpa. Nós, mães, também precisamos por vezes uns minutos só para nós. É estes breves intervalos que nos fazem melhores mães.
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