O caso daquele menino que saltou da janela acreditando ser um super-herói não me saía da cabeça. O que é que é suposto um pai/ mãe fazer? Estragar a magia e o encanto que existe no mundo das crianças e, cada vez que estão a ver o que quer que seja, lhes dizer que "aquilo" não é real? Que não existe? Parece-me cruel! Por outro lado, não será o melhor?
O Gonçalo, por exemplo, está numa fase em que recria, constantemente, cenas da Rapunzel. Ele tem 2 anos!
Por mais que não queira, é inevitável pensar... enfim... nem vou dizer!
Perante esta minha angústia existencial, a Rede Mãe respondeu-me através da Dra. Flávia Cabral, Médica Pediatra, da seguinte forma:
“As fantasia e o pensamento mágico são extremamente saudáveis na infância, e as crianças precisam da fantasia e da magia para crescer e aprender a lidar com o mundo real e a enfrentá-lo.
As brincadeiras de "faz de conta" devem ser vividas livremente, mas cabe aos pais ensinar os limites entre a fantasia e a realidade! Explicar que os super-heróis só podem voar nos filmes e livros; deixar bem claro que durante a brincadeira ela pode fingir que tem super poderes, mas que se não tiver cuidado e cair ou tropeçar ou tentar voar, vai magoar-se de verdade.
Dizer: "agora tu és a Rapunzel, vamos fazer como no filme".... e deixar a criança criar e recriar a história livremente. Depois de algum tempo a brincadeira pode acabar com: "agora acabou a brincadeira e já não és a Rapunzel és o meu G."!
Acima de tudo, é importante que os pais tenham atenção à segurança do ambiente onde as crianças estão a brincar, providenciar grades ou redes de proteção nas janelas e varandas, nunca deixar móveis próximos às janelas por onde as crianças possam subir, cercar as piscinas e não deixar as crianças brinquem sozinhas sem a supervisão de um adulto.”
Eu acho que é melhor explicar bem explicadinho...que o voar só a brincar...porque nós seres humanos não voamos...:)
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