Posso parecer quadrada, aborrecida e mais não sei o quê, mas realmente acredito e defendo que é importante que as crianças tenham rotinas e que as mesmas sejam seguidas.
Apesar da grande maioria dos profissionais de saúde e educação defenderem isto mesmo, não é raro me deparar com situações em que demonstro a terceiros que para mim é importante que as rotinas do Gonçalo sejam seguidas e sentir "aquele" olhar que diz: "Que esquisita! Também não é por hoje não fazeres as coisas assim que o mundo cai."
Pois, não é. Mas se eu alterasse as rotinas dele cada vez que mo pedem para fazer, ele deixava de ter rotinas. É verdade que a maioria das pessoas que me deita estes olhares críticos, e às vezes até faz comentários mais parvos, não tem filhos, mas não deixa de me chatear um bocado, confesso.
E não me interpretem mal. Não sou tirana das rotinas. Não sou inflexível. Se um familiar ou grande amigo fizer anos e fizer um jantar à noite, por exemplo, e apesar do Gonçalo costumar jantar por volta das 20h e se deitar por volta das 21h, eu não vou deixar de ir. Mas não estou para lhe dar as refeições a horas completamente diferentes daquelas a que ele está habituado, ou alterar-lhe completamente os horários das sestas, por dá cá aquela palha. Quando o faço ele sente-se com isso e isso custa-me. Afinal, desde os 6 meses, idade em que ele foi para a escolinha, que ele começou a ter rotinas.
É giro ver como eles, parecendo que não, percebem quando fogem a elas (mesmo quando não têm um impacto direto em nada). Hoje, por exemplo, fui eu a levá-lo à escola de manhã. Costuma ser o Marco. Como quando eu saio com ele de manhã é para ir aos meus pais, o que acontece, usualmente, aos sábados, ele mal saiu de casa comigo perguntou: "Avó?"
Lá lhe tive de explicar que não. Que era dia de escolinha, mas que amanhã íamos aos avós. Ele ficou calado, notei uma certa desilusão no olhar dele, mas convenceu-se. Pelo sim pelo não, pediu-me a chucha de seguida. Sempre é um conforto! :)
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