Já aqui tinha dito que, à noite, o Gonçalo adormecia ao colo... pelo menos até há bem pouco tempo. Na verdade, esta situação mudou há relativamente um mês e pouco. Ele começou a ficar deitado sozinho, entretido com os ursinhos que tem na caminha dele e com a música que toca de um brinquedo que é também luz de presença. Enfim, desde que ele começou com esta rotina a "coisa" funciona de forma pacífica quase sempre, mas volta que não volta ele resolve fazer birra e começa a "chorar". Está entre aspas porque mal nós entramos no quarto, ele para de chorar automaticamente! De qualquer forma, por mais que goste de o adormecer ao colo, ele já vai tendo idade para aprender a dormir sozinho. Aliás, segundo os entendidos, já o deveria fazer há muito mais tempo! Também segundo os entendidos, leia-se pediatras, educadores de infância e "pais-pró", quando eles choram não se deve ir lá imediatamente. Deve-se deixá-los chorar 30 segundos numa primeira vez, 1 minuto na segunda, 2 minutos na terceira... 15 ou 30 minutos se for preciso. E é aqui que a "vaca torce o rabo". É que não dá! Não consigo e não consigo! Deixo-o chorar um bocadinho, mas há um limite que o meu coração não aguenta e fica tão pequenino, tão mirradinho, que deixa de ser possível seguir estas teorias académicas. Atenção que não lhes tiro mérito. Se elas existem, devem haver estudos que as sustentam. O que eu digo é que não é para mim. E não me sinto melhor mãe em dizer isto, mas também não me sinto pior.
Hoje, ele chorou mais do que o costume e partiu-me o coração. Ficou sentido comigo e com o pai. O choro dele era de quem estava a sofrer. Posso dizer que isto me doeu fisicamente! Só de pensar que ele está a sofrer de algum modo e que sou eu que estou a causar esse sofrimento, é mais do que eu posso aguentar. Se calhar não pensava assim se o Gonçalinho fizesse este "festival" todos os dias. Talvez nesse caso pensasse que o sofrimento que ele pudesse vir a sentir iria ser o melhor para ele num curto e longo prazo. Mas não é o caso. E por não ser, dou-me ao direito de ignorar completamente o que dizem os especialistas e ouvir apenas o meu coração.
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