segunda-feira, 2 de julho de 2018

O princípio e o fim

Às vezes a vida faz-nos pensar mais nas coisas e eu estou numa fase assim... mais introspectiva  (ainda que eu seja uma pessoa que, regra geral, pense demasiado).

Ultimamente tenho pensado no princípio e no fim das coisas. Como é que elas acabam e começam.

Temos alguma tendência, talvez por necessidade de melhor compreendermos a nossa própria história, de atribuir uma data de quando começa e acaba alguma coisa na nossa vida. Mas, se analisarmos bem, na maior parte das vezes ambas as situações vêm de trás.

O exemplo mais prático  (mas não é o único) é quando falamos de relações. Existe sempre uma data oficial para ela ter começado mas, se formos justos, ela provavelmente começou naquele primeiro sorriso ou olhar trocado. Ou naquele café um dia tomado e que, na altura, não percebemos o peso que aquela pessoa viria a ter na nossa vida, mas depois,  analisando à distância, percebemos que já significava alguma coisa. E o mesmo se diz do fim. O fim não acontece quando uma das partes diz que acabou. O fim vai acontecendo, até que o ponto se torne parágrafo.

Numa primeira leitura este meu raciocínio pode parecer algo deprimente, mas antes pelo contrário. É que se virmos as coisas sob este ponto de vista, nunca se sabe quando é que um dia acordamos e estaremos a iniciar o primeiro dia de algo muito maravilhoso. Ou seja, e por mais paradoxal que isto possa parecer face a tudo o que acabei de dizer, tudo muda de um dia para o outro. Um dia acordamos e,  se calhar sem sabermos,  começamos a viver a melhor fase da nossa vida.

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