sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

CONSULTÓRIO: Lutas entre crianças

(texto escrito pela psicóloga Vera Lisa Barroso, Psicóloga Clínica da Oficina de Psicologia)
Foto Pinterest
"Hoje, quando a minha mãe me foi buscar à escola, perguntou entre o assustado e o admitarado: «O que aconteceu filho?»

Eu tinha a cara cheia de arranhões, nódoas negras nas pernas e a minha t-shirt preferida rasgada..."


Esta é uma das situações que mais preocupam os pais: os filhos poderem andar às lutas com os seus pares.

Independentemente de quem é o culpado, o seu filho ou os outros, é crucial participar na vida escolar dos seus filhos e não ignorar o ocorrido.

É importante ensinar ao seu filho as formas mais dignas de interagir e relacionar-se com os outros, assim como a importância do convívio entre amigos. Ensine-o a respeitar os colegas e a evitar os confrontos físicos como meio de resolver conflitos e desentendimentos. Uma situação como esta exige uma conversa, onde perceba em primeiro lugar o que aconteceu exactamente. Tenha em atenção que muitas vezes as crianças não dizem porque andaram a lutar, por terem medo, vergonha ou até mesmo por estarem a ser vítimas de bullying na escola.

Em caso de bullying é crucial que os Professores e Direção da escola tomem conhecimento da situação, de forma a poderem tomar medidas preventivas no espaço escolar. Se ele se magoou, evite frases como “é para aprenderes”, “bem feita” ou “eu não te avisei?”... Será suficientemente problemático e humilhante para ele ter sido ferido.

Em crianças pequenas talvez seja aconselhável falar com os pais do outro (ou outros) interveniente(s), de forma a transformar a situação de luta numa situação amigável, onde as crianças poderão tirar as suas aprendizagens e pedir desculpa uma à outra (independentemente de quem foi o culpado).

As crianças estão a descobrir o mundo e a experimentar relações, lutam e fazem as pazes com alguma frequência. A raiva faz parte do crescimento de qualquer criança e torna-se passageira se for bem contextualizada pelos adultos responsáveis.

Transmita-lhe confiança, dizendo que estará sempre a seu lado, que o quer ajudar e que a violência não resolve os problemas. A melhor forma de resolver as diferenças é o diálogo.

Vera Lisa Barroso
Psicóloga Clínica
Equipa Infanto-Juvenil
Oficina de Psicologia







Sem comentários:

Enviar um comentário

Arquivo do blogue

Seguidores