sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

"Estou assustado. Tenho muito medo!" - O medo na infância (CONSULTÓRIO PSICOLOGIA)

(texto escrito por Inês Carvalho, psicóloga clínica da Oficina de Psicologia)
Encontrado em momjunction.com
Todos nós já passamos por situações em que nos sentimos em perigo. Em que nos surgiu-nos um sinal de alerta quase como dizendo “Não! Isso é perigoso.” 

Contudo, também já todos nós ouvimos o nosso cérebro dizer logo depois “Calma. Vai ficar tudo bem.”.

verdade é que todos nós já sentimos medo mas, como adultos, já aprendemos a acalmar-nos perante algumas situações de perigo.

Nas crianças, por vezes surgem medos que parecem não desaparecer. Vão-se tornando, progressivamente, maiores e maiores. Às vezes, sem percebermos porquê.

O medo surge desde muito cedo e assume diversas formas. Nas crianças, assume manifestações muitas vezes difíceis de decifrar: birras, pesadelos, monstros no armário, monstros debaixo da cama...

Mas, o que é o medo?

O medo é uma emoção que surge como resposta a uma situação sentida como perigosa ou ameaçadora. Nas crianças, vão surgindo diferentes tipos de medo, de acordo com as idades e períodos de desenvolvimento.

Importa perceber que a experienciação do medo tem um papel fundamental no desenvolvimento infantil. É através da experienciação desta emoção que a criança vai, progressivamente, aprendendo a reagir ao perigo e a autorregular-se.

Mas, e quando este medo parece não passar?

-Facilitar a expressão emocionalÉ importante que a criança sinta que tem espaço para se expressar. Qualquer que seja o medo, o importante é que este não seja ridicularizado. Falando sobre este medo, podem descobrir estratégias para o superar.

-Tranquilizar a criançaSentir medo é normal e quanto maior for esta noção, mais fácil será ultrapassá-lo. Poderá dar à criança um exemplo de uma situação em que sentiu medo, explicando como o conseguiu ultrapassar. Tranquilizando a criança estará, também, a dar-lhe estratégias para que se consiga tranquilizar a ela própria.

- Formar uma equipaA ajuda do adulto fará a criança sentir-se mais segura e confiante. Elaborar um plano em conjunto para ‘desafiar’ este medo poderá ajudar. Respeite o tempo da criança e ajuste o plano passo a passo.

- Não proteger em demasiaAo fazê-lo, estará a passar à criança a mensagem de que esse medo tem razão de existir e que não irá passar. É importante que a criança vá tomando contacto com pequenas situações geradoras desse medo, para que possa superá-lo.


Inês Carvalho

Psicóloga Clínica da Mindkiddo – Oficina de Psicologia

Sem comentários:

Enviar um comentário

Arquivo do blogue

Seguidores