No comboio ouvem-se conversas muito interessantes.
Sim, algumas são só parvas e chegam a incomodar, sobretudo porque há
muitas pessoas que parece que se esquecem que estão rodeadas de desconhecidos, mas
tenho vindo a descobrir que a “sabedoria popular” não é um mito.
Hoje, estavam duas adolescentes, dos seus 20 e poucos anos, a falar
sobre as suas vidas amorosas (algo nada privado, portanto!).
Uma delas, que me pareceu ser a mais despachada, estava a desabafar com
a amiga a pouca atenção que aquele que creio que seria o namorado dela lhe
dava. A dada altura disse:
“O problema do “não-sei-quantos” (não me lembro do nome do moço) é que
ele me dá como certa e depois não me trata como eu merecia ser tratada. É capaz de tratar
melhor uma pessoa qualquer, do que a mim, que sou tão querida para ele. A minha mãe é que tem razão. Ela está
sempre a dizer-me que se uma pessoa nos diz que somos importantes para ela, mas depois nos dá constantemente sinais de que não
somos, ou se não dá valor à nossa companhia, a dada altura o problema não é dessa pessoa, é nosso, por permitirmos e mantermos essa situação. E faz sentido. Eu é que sou parva!”
Não estou 100% certa das palavras terem sido estas, mas o conteúdo era isto. E eu
achei muito interessante e tenciono registar este (sábio) ensinamento da mãe da rapariga.
A conversa continuou, até porque a outra amiga também tinha problemas
amorosos (mais venezuelanos, até), mas deste enredo não tirei lições dignas de registo.
E foi a minha novela matinal. Sendo que não vou saber como vai acabar!
As mães têm sempre razão :-)
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