Há um momento nas nossas vidas que descobrimos que as nossas mães (e pais)
não são perfeitas e não têm sempre razão.
Há um momento em que nos
apercebemos que elas também falham e erram.
E esse momento deve ser adiado?
Precisamos de ser educados por super mães, super mulheres para crescermos
felizes?
Falharei se não for sempre
exemplar com o(s) meus filho(s)? O que acontece se ele perceber que eu também
erro?
Eu digo-lhe: Será um alívio. Para
a vida. Porque as pessoas, de carne e osso, vão errar, nalgum momento ou
nalguns momentos da vida. E um filho é uma pessoa. Que errará.
Por isso é um alívio sermos
pequenos, olharmos para uma mãe segura, tranquila, protectora, optimista e
ponderada e vê-la errar. De seguida, observar que fica triste, frustrada, respira
fundo e pede desculpa. Porque errou e errar faz parte de sermos gente. E que
vida tão injusta e stressante seria uma vida em que nunca nos
ensinaram a SABER errar. Claro que antes disso, termos mães que nos ensinam a
tentar evitar os erros, a pensar como podemos agir correctamente, mas sabendo
que, por vezes, não os conseguiremos evitar e é preciso enfrentá-los. E aí,
vamos lembrar-nos que as nossas mães, mesmo esforçadas por não errar, por
vezes erravam. Paravam, respiravam e olhavam-nos, tristes mas tranquilas,
pedindo desculpa. E essa memória, agora, quando nós próprios erramos, é um
alívio.
Rita
Castanheira Alves
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