(texto escrito por Mariana Santos Paiva, Psicóloga Clínica da Oficina de Psicologia)
Entre fraldas e biberons; primeiras gargalhadas e
dentes à vista; primeiros passos e palavras e diferentes alimentos e
brincadeiras. Entre sestas e chuchas e interacções com o mundo.. eles vão
crescendo!
É natural que as aquisições que eles vão fazendo
provoquem em nós emoções distintas. Por um lado os receios que vamos tendo, por
outro a satisfação em vê-los desenvolver-se. E é natural também que nos custe
aceitar que eles já não precisam da nossa ajuda para realizar esta ou aquela
tarefa- já o fazem de forma autónoma! Aqui é bastante importante ajustarmos a
necessidade de protecção à exigência de forma a não os sufocarmos com
demasiados cuidados e os deixarmos lidar com os desafios que vão surgindo.
Dentro da higiene pessoal existem vários hábitos e
um deles é o banho. Começamos por limpar os nossos bebés com algodão quando
acabam de nascer, seguindo-se uma breve passagem por água numa banheira mais
reduzida e depois então o banho com direito a brincadeira na banheira normal. De
início temos que ser nós a ajudar com o cabelo, o chuveiro... explicando como
se faz. Mas rapidamente eles tentam mostrar-nos que já são capazes. Devemos
então reforçar esses comportamentos, elogiando-os e incentivando-os a tentarem
novamente para a próxima. Nesta lógica e com uma redução da nossa presença eles
vão-se desembaraçando!
Quando já lavam as mãos sozinhos e já vão à
casa-de-banho sem precisar de ajuda, à partida estarão prontos para
experimentar também essa autonomia no banho!
Há então duas ideias que podemos reter em relação a
este tema:
Ø
Garantirmos a segurança dos nossos filhos é
essencial. Se não se sentirem cómodos confiantes não devemos deixá-los sozinhos
por muito tempo. Há que ensiná-los a entrar e sair da banheira bem como a
sentar-se.
Ø
É importante tornarmos os nossos filhos pessoas
independentes, responsáveis e capazes de arriscar.
Mariana Santos Paiva
Psicóloga Clínica da Oficina de Psicologia
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