terça-feira, 15 de novembro de 2016

CONSULTÓRIO: Já posso tomar banho sozinho?

(texto escrito por Mariana Santos Paiva, Psicóloga Clínica da Oficina de Psicologia)

Foto: Pinterest
Entre fraldas e biberons; primeiras gargalhadas e dentes à vista; primeiros passos e palavras e diferentes alimentos e brincadeiras. Entre sestas e chuchas e interacções com o mundo.. eles vão crescendo!

É natural que as aquisições que eles vão fazendo provoquem em nós emoções distintas. Por um lado os receios que vamos tendo, por outro a satisfação em vê-los desenvolver-se. E é natural também que nos custe aceitar que eles já não precisam da nossa ajuda para realizar esta ou aquela tarefa- já o fazem de forma autónoma! Aqui é bastante importante ajustarmos a necessidade de protecção à exigência de forma a não os sufocarmos com demasiados cuidados e os deixarmos lidar com os desafios que vão surgindo.

Dentro da higiene pessoal existem vários hábitos e um deles é o banho. Começamos por limpar os nossos bebés com algodão quando acabam de nascer, seguindo-se uma breve passagem por água numa banheira mais reduzida e depois então o banho com direito a brincadeira na banheira normal. De início temos que ser nós a ajudar com o cabelo, o chuveiro... explicando como se faz. Mas rapidamente eles tentam mostrar-nos que já são capazes. Devemos então reforçar esses comportamentos, elogiando-os e incentivando-os a tentarem novamente para a próxima. Nesta lógica e com uma redução da nossa presença eles vão-se desembaraçando!

Quando já lavam as mãos sozinhos e já vão à casa-de-banho sem precisar de ajuda, à partida estarão prontos para experimentar também essa autonomia no banho!

Há então duas ideias que podemos reter em relação a este tema:

Ø  Garantirmos a segurança dos nossos filhos é essencial. Se não se sentirem cómodos confiantes não devemos deixá-los sozinhos por muito tempo. Há que ensiná-los a entrar e sair da banheira bem como a sentar-se.

Ø  É importante tornarmos os nossos filhos pessoas independentes, responsáveis e capazes de arriscar.

Mariana Santos Paiva
Psicóloga Clínica da Oficina de Psicologia

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