(texto escrito por Cátia Teixeira, psicóloga clínica da Oficina de Psicologia)
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É provável que já tenha lido muitas dicas sobre
como contribuir para a felicidade, bem-estar e autoestima dos seus filhos. A
ciência também tem algo a dizer a este nível e por isso partilhamos consigo
alguns dados que contribuem para uma parentalidade mais positiva e que
contribuem para uma crescimento saudável e feliz do seu filho.
1. Brinque
e ria – Brincar com o seu filho ajuda-o a desenvolver competências
emocionais e sociais. Os estudos revelam que, quando os pais contam piadas e
brincam ao faz-de-conta, estão a ajudar os filhos a pensar de uma forma
criativa, a desenvolver amizades e a gerir a ansiedade. Por isso, faça “palhaçadas”
à vontade.
2. Seja
positivo – Pais que expressam emoções desagradáveis em relação aos seus
filhos e que falam com eles de uma forma agressiva contribuem para que as
crianças apresentem comportamentos agressivos na escola. Por isso, se verificar
que está a entrar num ciclo de pai irritado-filho irritado-pai irritado, quebre
esse ciclo.
3. Auto-compaixão
– É muito comum os pais sentirem culpa por algo que fizeram. Os estudos mostram
que a auto-compaixão é uma capacidade muito importante, ajudando as pessoas a
serem mais resistentes e resilientes aos desafios da vida. Manifeste auto-compaixão
quando lida com as dificuldades (relacionadas com o seu filho e não só), ao
fazê-lo estará a servir de exemplo para o seu filho.
4. Deixe-o
“voar” – Quando o seu filho quiser “voar”, deixe-o ir e procure relaxar,
pois isso transmite-lhe confiança e segurança. Isto não significa que tenha que
o deixar fazer tudo, mas se há coisas que ele já sabe fazer sozinho, deixe-o
ir.
5. Tenha
atenção à sua saúde mental – Se não se sente bem a nível psicológico
procure ajuda. Os estudos revelam que o estado da saúde mental dos pais tem
influência ao nível das emoções e comportamentos das crianças.
6. Relações
seguras – Estabeleça relações seguras e próximas com os seus filhos, de
forma a que ele sinta que se pode aventurar no mundo, pois tem uma “base
segura” à qual pode sempre voltar. Mais uma vez, estas relações seguras refletem-se
no comportamento e na forma como o se filho vai estabelecer relações com os
outros no presente e no futuro.
7. Adolescente
argumentativo – O seu filho adolescente argumenta a toda a hora consigo? E
isto deixa-o extremamente irritado? Existe um lado positivo! Os estudos revelam
que os adolescentes que contra-argumentam mais com os seus pais são também os
que menos sucumbem à pressão dos pares, pois desenvolvem uma melhor capacidade
de argumentação.
8. Não
procure a perfeição – Ninguém é perfeito, por isso não se torture com o
impossível. Os estudos mostram que os pais que acreditam que a sociedade espera
que eles sejam perfeitos têm maiores níveis de stress e são menos confiantes
nas suas competências parentais (o que é compreensível!). Faça um esforço por
não prestar atenção a essa pressão e procure ser um pai mais relaxado.
Cátia Teixeira
Psicóloga Clínica
Oficina de Psicologia
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