(texto escrito pela Zaask, numa colaboração para o blog Entre Biberons e Batons)
O primeiro ano de vida de um bebé é simplesmente maravilhoso, pois o seu
desenvolvimento é rapidíssimo e a cada dia que passa, cada semana e cada mês,
somos surpreendidas com uma nova habilidade que nos deixa completamente
rendidas, desde o primeiro sorriso aos primeiros passos.
Por isso, e porque é tão fantástico vê-los crescer a grande velocidade,
vamos partilhar algumas dicas e cuidados que se devem ter com os bebés até um
ano.
Antes de continuar, destacamos apenas que os bebés não são todos iguais
e têm ritmos diferentes.
É verdade que nós, mães, temos tendência a comparar os nossos filhos com
os outros e ficamos assustadas quando o filho da nossa amiga já anda e o nosso,
que tem a mesma idade, ainda nem sequer gatinha. Mas a verdade é que, apesar de
existirem marcos de desenvolvimento para cada idade, algumas crianças podem
levar mais tempo do que outras a atingi-los, sendo perfeitamente normal isso
acontecer. O importante é respeitar o tempo do bebé e levá-lo regularmente ao
pediatra para que ele possa avaliar o seu crescimento e desenvolvimento. E se o
nosso filho não anda aos 12 meses como o da nossa amiga não há motivo para
alarme, porque até aos 17 meses (ou até mais), em princípio não há
problema algum, desde que a criança seja saudável e tenha um comportamento
normal.
A verdade é que o nascimento de um filho é um momento único na vida dos
pais, mas também o começo de um primeiro ano cheio de dúvidas, perguntas e
desassossegos, sobretudo para os pais de primeira viagem.
Então, o que é
acontece aos nossos pequenos durante os primeiros 12 meses da sua vida e como
podemos cuidar deles da melhor forma?
Para já, os bebés não nascem logo com aquela cara linda e rosada como
vemos nos anúncios, onde aparecem também logo todos sorridentes. Muitos nascem
com a cabeça deformada, todos são sisudos e têm uma barriga proeminente e uma
grande cabeça; uns podem nascer com genitais inchados, outros com borbulhas na
cara e outros até com pelos no rosto, nas costas e nos ombros (lanugem), etc.
Mas tudo isto é normal e passa!
É importante que os pais tenham consciência destas particularidades
desde logo, para não iniciarem esta viagem maravilhosa demasiado ansiosos. Sim,
porque é uma viagem extraordinária, apesar das noites mal dormidas e das
preocupações. Vão ver o vosso filho a crescer e a aprender tanta coisa!
Crescimento físico
Durante o primeiro ano de vida o pediatra avalia o desenvolvimento do
bebé mediante a observação do peso, da altura e do perímetro craniano, cujos
valores são depois comparados a tabelas de crescimento, de acordo com o sexo e
a idade. Mas atenção: podem existir desvios abaixo ou acima da média que são
considerados normais, desde que a criança não apresente um crescimento abaixo
dos limites e revele um crescimento regular.
Assim, até completar um ano, a criança aumenta de peso e cresce em
altura de forma progressiva, embora o ritmo intenso dos primeiros meses de vida
se vá atenuando.
Peso: Nos primeiros três meses o bebé
cresce em média 700 a 800 gramas por mês. Nos três meses seguintes aumenta
600-800g, atingindo o dobro do peso que tinha à nascença. A partir dos seis
meses e até fazer um ano ganha cerca de 400-600g, triplicando o peso à
nascença.
Altura: Apesar de haver diferenças entre
os sexos e a raça, a altura dos recém-nascidos ronda os 48 a 52 cm, sendo que
ao fazer um ano medirá em média mais 25 cm.
Perímetro cefálico: O tamanho da cabeça –
que à nascença é em média cerca de 34-36cm - permite conhecer o crescimento e a
diferenciação do sistema nervoso, assim como indiretamente o desenvolvimento do
cérebro. É o parâmetro de avaliação do crescimento que menos varia, aumentando
cerca de 7 a 8 cm nos primeiros 6 meses. Regra geral, no final do primeiro ano
de vida é de 46 cm, embora oscile entre os 42 e os 49 cm.
Desenvolvimento cognitivo
Muito haverá a dizer sobre o desenvolvimento cognitivo da criança, mas
há algo fundamental que devemos ter em conta como mães: os principais
estimuladores da aprendizagem dos nossos filhos acabamos por ser nós, os pais
deles.
Por isso, mais do que ter como objetivo ensinar-lhes regras restritivas,
devemos ter a preocupação de tornar este seu novo mundo o mais atrativo possível,
explicando-lhes as coisas, encorajando-os e elogiando-os, pois é com o nosso
apoio que eles ganham a sua autoconfiança.
No fundo, devemos agir como “guias”, que lhes apresentam as novidades e
que lhes mostram as escolhas que têm, deixando-os decidir o que consideram mais
interessante.
O importante é ajudar e responder às suas necessidades e não tentarmos
impingir-lhes aprendizagens que vemos nos livros como “normais” para as suas
idades.
E se devemos ter a noção de que os ritmos de aprendizagem são diferentes,
também devemos ter consciência de que o processo não é contínuo e que, muitas
vezes, sofre recuos. Por isso, não nos devemos sentir frustrados quando um bebé
aprende algo em determinada fase e, quando dá o passo seguinte, esquece o que
aprendeu anteriormente.
O importante é que os pais – e também
quem toma conta deles, nomeadamente avós e babysitters - tornem tudo mais interessante na altura dos avanços!
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