segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

Dicas e cuidados para bebés até 1 ano (Parte I)

(texto escrito pela Zaask, numa colaboração para o blog Entre Biberons e Batons)
Foto Pinterest
O primeiro ano de vida de um bebé é simplesmente maravilhoso, pois o seu desenvolvimento é rapidíssimo e a cada dia que passa, cada semana e cada mês, somos surpreendidas com uma nova habilidade que nos deixa completamente rendidas, desde o primeiro sorriso aos primeiros passos.

Por isso, e porque é tão fantástico vê-los crescer a grande velocidade, vamos partilhar algumas dicas e cuidados que se devem ter com os bebés até um ano.

Antes de continuar, destacamos apenas que os bebés não são todos iguais e têm ritmos diferentes.

É verdade que nós, mães, temos tendência a comparar os nossos filhos com os outros e ficamos assustadas quando o filho da nossa amiga já anda e o nosso, que tem a mesma idade, ainda nem sequer gatinha. Mas a verdade é que, apesar de existirem marcos de desenvolvimento para cada idade, algumas crianças podem levar mais tempo do que outras a atingi-los, sendo perfeitamente normal isso acontecer. O importante é respeitar o tempo do bebé e levá-lo regularmente ao pediatra para que ele possa avaliar o seu crescimento e desenvolvimento. E se o nosso filho não anda aos 12 meses como o da nossa amiga não há motivo para alarme, porque até aos 17 meses  (ou até mais), em princípio não há problema algum, desde que a criança seja saudável e tenha um comportamento normal.

A verdade é que o nascimento de um filho é um momento único na vida dos pais, mas também o começo de um primeiro ano cheio de dúvidas, perguntas e desassossegos, sobretudo para os pais de primeira viagem.

Então, o que é acontece aos nossos pequenos durante os primeiros 12 meses da sua vida e como podemos cuidar deles da melhor forma?

Para já, os bebés não nascem logo com aquela cara linda e rosada como vemos nos anúncios, onde aparecem também logo todos sorridentes. Muitos nascem com a cabeça deformada, todos são sisudos e têm uma barriga proeminente e uma grande cabeça; uns podem nascer com genitais inchados, outros com borbulhas na cara e outros até com pelos no rosto, nas costas e nos ombros (lanugem), etc. Mas tudo isto é normal e passa!

É importante que os pais tenham consciência destas particularidades desde logo, para não iniciarem esta viagem maravilhosa demasiado ansiosos. Sim, porque é uma viagem extraordinária, apesar das noites mal dormidas e das preocupações. Vão ver o vosso filho a crescer e a aprender tanta coisa!

Crescimento físico

Durante o primeiro ano de vida o pediatra avalia o desenvolvimento do bebé mediante a observação do peso, da altura e do perímetro craniano, cujos valores são depois comparados a tabelas de crescimento, de acordo com o sexo e a idade. Mas atenção: podem existir desvios abaixo ou acima da média que são considerados normais, desde que a criança não apresente um crescimento abaixo dos limites e revele um crescimento regular.

Assim, até completar um ano, a criança aumenta de peso e cresce em altura de forma progressiva, embora o ritmo intenso dos primeiros meses de vida se vá atenuando.

Peso: Nos primeiros três meses o bebé cresce em média 700 a 800 gramas por mês. Nos três meses seguintes aumenta 600-800g, atingindo o dobro do peso que tinha à nascença. A partir dos seis meses e até fazer um ano ganha cerca de 400-600g, triplicando o peso à nascença.

Altura: Apesar de haver diferenças entre os sexos e a raça, a altura dos recém-nascidos ronda os 48 a 52 cm, sendo que ao fazer um ano medirá em média mais 25 cm.

Perímetro cefálico: O tamanho da cabeça – que à nascença é em média cerca de 34-36cm - permite conhecer o crescimento e a diferenciação do sistema nervoso, assim como indiretamente o desenvolvimento do cérebro. É o parâmetro de avaliação do crescimento que menos varia, aumentando cerca de 7 a 8 cm nos primeiros 6 meses. Regra geral, no final do primeiro ano de vida é de 46 cm, embora oscile entre os 42 e os 49 cm.

Desenvolvimento cognitivo

Muito haverá a dizer sobre o desenvolvimento cognitivo da criança, mas há algo fundamental que devemos ter em conta como mães: os principais estimuladores da aprendizagem dos nossos filhos acabamos por ser nós, os pais deles.

Por isso, mais do que ter como objetivo ensinar-lhes regras restritivas, devemos ter a preocupação de tornar este seu novo mundo o mais atrativo possível, explicando-lhes as coisas, encorajando-os e elogiando-os, pois é com o nosso apoio que eles ganham a sua autoconfiança.

No fundo, devemos agir como “guias”, que lhes apresentam as novidades e que lhes mostram as escolhas que têm, deixando-os decidir o que consideram mais interessante.

O importante é ajudar e responder às suas necessidades e não tentarmos impingir-lhes aprendizagens que vemos nos livros como “normais” para as suas idades.

E se devemos ter a noção de que os ritmos de aprendizagem são diferentes, também devemos ter consciência de que o processo não é contínuo e que, muitas vezes, sofre recuos. Por isso, não nos devemos sentir frustrados quando um bebé aprende algo em determinada fase e, quando dá o passo seguinte, esquece o que aprendeu anteriormente.

O importante é que os pais – e também quem toma conta deles, nomeadamente avós e babysitters - tornem tudo mais interessante na altura dos avanços!







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