Foto Pinterest |
A escola e o contacto com outras crianças
é uma mais-valia muito importante para o desenvolvimento de qualquer criança. É
com os amiguinhos e colegas que a criança testa relações, experimenta
diferentes tipos de amizades e constrói uma rede de suporte para se conhecer
melhor e para conhecer melhor os outros.
Porém, tudo tem um reverso da moeda e
por vezes é também no contacto com os outros que os mais novos desenvolvem
alguns comportamentos desadequados e que gostaríamos que os nossos filhos não
tivessem. Já está a pensar em alguns? As asneiras que nunca ouviu em casa, os
comentários sarcásticos, as brigas, … Em muitos casos criamos uma discussão e
alguns castigos na tentativa da criança ter consciência dos erros que está a
cometer. Por vezes temos sucesso outras vezes nem por isso… o desafio é
tentarmos uma nova abordagem.
1.
Pense quantas
vezes na sua vida não deu por si a fazer algo porque os amigos também faziam…
Mesmo que hoje pense nisso como algo errado ou ridículo. A verdade é que todos
nós já estivemos nesse lugar, a tentar agradar a alguém de qualquer maneira.
2.
Agora assuma a
sua experiência como um exemplo, mas tente escutar e perceber qual a motivação
do seu filho. Ouça-o e questione sobre o porquê desses comportamentos e tente
não julgar ou ajuizar os seus motivos.
3.
O que acha ele
disso? Não interrompa, nem aponte logo o dedo, compreenda qual a função desses
comportamentos. Só assim poderá ajudar.
4.
De uma forma
empática, mostre que compreende o motivo dele, mas… sim há sempre um mas e nós como adultos temos que
conseguir mostrar o outro lado desta questão à criança. Mas este comportamento
tem consequências negativas agora e talvez no futuro e talvez o seu filho
precise de ajuda para compreender quais.
5.
Se o
comportamento magoa alguém, tente ajudar a criança a colocar-se no lugar do
outro para compreender melhor o que a pessoa sente e tentar reparar o que fez,
mesmo que com um simples pedido de desculpa. Não imponha simplesmente esta
reparação, é importante o seu filho perceber como isto vai fazer com que a
outra pessoa se sinta melhor.
6.
Negoceie também
com o seu filho que este comportamento não se deve repetir e aqui sim, é
importante falar sobre um castigo ou punição que a criança terá se este se
repetir. Depois, seja firme e cumpra o que prometeu.
Seja fonte de suporte e não de recriminação. O seu
filho está a crescer, a experimentar e a testar limites do correto e incorreto,
do bom e do mau. Neste momento e no futuro, será muito mais seguro e melhor
para ele contar com o seu apoio do que temer a sua reação a qualquer erro ou
problema que tenha.
Ser pai não é fácil, mas compensa. ;)
Inês Custódio
Psicóloga na Oficina de Psicologia
Sem comentários:
Enviar um comentário