Não é tão incomum quanto possamos pensar os
comportamentos de exploração do corpo e de masturbação em crianças pequenas.
Para muitos pais, e para os outros em geral, pode
ser constrangedor, até assustador e pensar «o que se passa com o meu filho(a)?».
Se isto já lhe aconteceu ou se está a acontecer com
o seu filho, é precisamente por isso que lhe escrevo, para o(a) ajudar a
compreender e para lhe dar algumas dicas sobre esta situação.
Os pais, educadores, auxiliares e outros
intervenientes com a criança devem estar preparados para lidar com estas
situações sem dramatizar, nem enfatizar o comportamento baseado naquela que é a
atitude de um adulto. Para o adulto pode ser complicado lidar com esta situação
por entender esta exploração do corpo, com demasiado conteúdo erotizado, quando
para a criança não se trata disso, mas antes uma experiência sensorial.
Para a criança a exploração do seu corpo não é
mais do que a descoberta biológica do seu próprio corpo, de sensações, de
prazer. Por existir este último aspeto, o prazer, é natural que este
comportamento tende a repetir-se.
As crianças realmente exploram o seu corpo sobretudo a partir dos 3 anos de idade e é importante não esquecer que a
masturbação, nesta e noutras idades, é um comportamento normal.
Este tipo de situações podem tornar-se mais
constrangedoras se acontecerem em situações públicas, por exemplo, no recreio
da escola primária, na sesta no infantário, no intervalo da aula de dança, etc.
É importante conversar
com o(a) filho(a) sem condenar, nem reprimir. Simplesmente explicando que as
zonas genitais são partes do corpo que podem ser tocadas, mas daquela forma
somente quando estiver sozinho(a), por exemplo, no quarto.
Esta dica é também importante para ir introduzindo desde logo a ideia de que o corpo deve ser respeitado e cuidado com exclusividade.
Procure ter uma abordagem em privado com a sua criança, sem que este tema seja discutido em reunião familiar; para também deste modo lhe mostrar que este é um assunto privado e íntimo. Pode também utilizar o argumento de que ela não vê o pai ou a mãe a ter aquele comportamento na presença de outras pessoas, por isso, por comparação, também não o deve fazer dessa forma. Tente agir com naturalidade, sem sobrevalorizar, para que esta fase seja ultrapassada como outras questões desenvolvimentais.
Esta dica é também importante para ir introduzindo desde logo a ideia de que o corpo deve ser respeitado e cuidado com exclusividade.
Procure ter uma abordagem em privado com a sua criança, sem que este tema seja discutido em reunião familiar; para também deste modo lhe mostrar que este é um assunto privado e íntimo. Pode também utilizar o argumento de que ela não vê o pai ou a mãe a ter aquele comportamento na presença de outras pessoas, por isso, por comparação, também não o deve fazer dessa forma. Tente agir com naturalidade, sem sobrevalorizar, para que esta fase seja ultrapassada como outras questões desenvolvimentais.
Para os educadores/professores e outros
intervenientes, as estratégicas serão semelhantes, sendo que com crianças de
pré-escolar pode ainda ser utilizado o recurso a estratégias que as cativem,
por exemplo puxando para a sua atividade preferida, para mudar a atenção e as envolver.
Caso sinta que estes comportamentos são excessivos,
quase como se não pensasse em outra coisa, procure perceber, sem julgar, em que
situações é que acontece, antes ou depois do quê, como está a criança
emocionalmente, etc, e procure o apoio de um profissional.
Ana Oliveira
Psicóloga Clínica
Oficina de Psicologia
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