“Mãe/Pai: quero um
cãozinho!” Este pedido soa-lhe familiar? Existem animais aí por casa? Que
impacto é que a presença de animais de estimação pode ter nas crianças?
Os animais de
estimação deliciam miúdos e graúdos e apesar de muitas pessoas gostarem da
presença deles nas suas vidas, a verdade é que muitas vezes nos escapam todos
os benefícios psicológicos que eles podem representar, particularmente na
infância. Conheça os principais:
- Promove a responsabilidade: ter um animal implica cuidados, o que
ajuda a criança a desenvolver o papel de cuidadora e uma postura de
responsabilidade face ao animal (por exemplo em relação à alimentação, higiene,
levá-lo a passear quando aplicável, etc). Este papel de ser promotor do
bem-estar de um ser vivo é de extrema importância para que a criança se sinta
útil e capaz.
- Diminui os níveis de stress: existem vários estudos que comprovam
que interagir e acariciar um animal de estimação ajuda a reduzir os níveis de
stress e ansiedade, provocando uma sensação de relaxamento
- Promove os vínculos afectivos e a expressão emocional: ter um
animal de estimação estreita laços afetivos e estimula a comunicação não
verbal, uma vez que a criança desenvolve a expressão de sentimentos através de
gestos (beijinhos, abraços, carícias)
- Estimula competências de relação e comunicação: ao contrário dos
objectos inanimados (como os brinquedos por exemplo), os animais reagem,
interagem. Esta reciprocidade faz com que a criança não tenha total controlo
das situações, como acontece quando brinca com os seus brinquedos. Esta
interação estimula a capacidade de comunicação verbal e não-verbal da criança,
bem como ajuda a criança a lidar com diferentes emoções como a frustração por
exemplo.
- Contribui para o bem-estar: a presença de animais de estimação é
geralmente sinónimo de um autêntico álbum de bons momentos passados com eles,
repletos de muita diversão, gargalhadas e sobretudo muito afecto.
Para terminar, e
respondendo à pergunta inicial, “Crianças e Animais de Estimação: Sim ou Não?”,
depois de todas estas vantagens, e existindo as condições necessárias para tal,
a questão passa a ser: E porque não?
Sandra Azevedo
Psicóloga Clínica
Equipa Mindkiddo
Oficina de Psicologia
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