Eu bem tento ser de outra forma, mas não consigo. O Gonçalo deixa-me constantemente sem fôlego, tais são as situações de perigo em que se coloca. Ele é destravado, não mede os perigos...
Eu sei.. é uma criança e é assim que elas são, mas eu não consigo evitar que o medo avassalador de que lhe aconteça algo ou de que ele se magoe, afetem a forma como muitas vezes o educo. Com a rédea mais curta do que se calhar devia. Com mais travões do que devia. Com mais "nãos" do que devia.
Bem dizia o outro do artigo... De que estamos a criar crianças totós. Eu pelo menos li o artigo e, infelizmente, a carapuça serviu-me em parte.
Eu tento evitar esta superproteção. Tapar os olhos e sossegar o coração. Lembrar-me que também eu era uma criança super mexida e que hoje estou aqui, vivinha da Silva. Tento isto tudo, acreditem. Mas quando o vejo trepar os baloiços, subir o escorrega ao contrário, mandar-se para o chão... Quando vejo estas coisas toda eu estremeço e involuntariamente sustenho a respiração até ver que ele está bem!
Às vezes rezo baixinho enquanto o vejo nestas aventuras. Peço a Deus que o proteja. E ao mesmo tempo dou muitas Graças por ter um filho com tanta energia... mesmo que essa energia quase me mate do coração!
Espero que ele me perdoe por ser assim. Que um dia me entenda!
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