... Não que fosse uma coisa que pensasse muito quando era pequena, mas lembro-me de por vezes pensar que os crescidos, quando perdiam o pai ou mãe, de certeza que ficavam muito tristes, mas ao mesmo tempo também pensava que se calhar conseguiam suportar a perda. Por serem crescidos.
Hoje, sei que não podia estar mais enganada.
Hoje, sei que os pais fazem falta sempre, e eu, com 36 anos, não sei o que faria sem os meus. Eles ajudam-me imenso e estão sempre lá para mim. Desdobram-se para me fazerem feliz, para me facilitarem a vida e muitos vezes fazem mais do que podem.
Mas como o dia de ontem foi da minha mãe, é nela que me vou focar.
A minha mãe é mãe-galinha, mas no bom sentido. É daquelas mães que sempre fez questão de dar aos filhos o melhor. O melhor para comer, mesmo quando os tempos não eram os mais abonados, e era tudinho feito na hora... É daquelas que, ainda hoje, deixa de ter e comprar coisas para ela, para nos dar a nós, a mim e ao meu irmão.
Se o meu irmão, ainda hoje, tem muitas vezes um sumo de laranja natural prontinho para ele beber quando acorda (porque se constipa com facilidade), lembro-me, por exemplo, de quando andava na faculdade e ia sair à noite no inverno, chegar a casa e ter o meu pijama embrulhado no saco de água quente. Lembro-me de, desde miúda, ter festas de aniversário feitas em casa, com imensas crianças e toda a família, onde não faltava uma mesa cheia de doces e salgados; tudo preparado por ela, ainda que desde sempre tenha trabalhado 6 dias por semana!
E podia ficar aqui a escrever muitas mais linhas...
A minha mãe, tal como o meu pai e todos os seres humanos, não é perfeita, mas para mim é a melhor do mundo e não poderia ter uma melhor. Muito da mãe que sou, e eu considero-me uma boa mãe (modéstia à parte), é graças a ela e ao amor que sempre me transmitiu.
Parabéns mamã! Que contes muitos anos, com saúde, para nos continuares a mimar assim!
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