terça-feira, 18 de novembro de 2014

Constipações! (NOVA PARCERIA CONSULTÓRIO)

(texto escrito por Fátima Montenegro – farmacêutica e mentora do projeto Passitos)

Foto: Pintrest.
Está chegada a altura do pingo no nariz! Espirros e tossidelas acompanham quase todo o Inverno dos pequenitos. Mas é importante distinguir se é uma patologia apenas a nível do tracto respiratório superior ou se é algo mais grave, como uma bronquiolite.

Prevenção. O melhor remédio!

O melhor a fazer é prevenir. Há uma série de cuidados no seu dia-a-dia que não deve descurar:

- Não lave o cabelo da criança todos os dias e quando o fizer certifique-se que no final o seca muito bem. Com o secador de cabelo a uma temperatura tolerável, seque também os ouvidos. Desta forma, evitará muitas otites. Isto também é válido para idas à piscina.

- A tolerância ao frio de um adulto e de uma criança é diferente. Tenha sempre um gorro ou um casaco de capuz e luvas a postos, para utilizar se necessário.

- Certifique-se que o seu filho anda bem alimentado. Isto é, que tem uma alimentação rica e variada, especialmente à base de fruta fresca, legumes (sopa) e carne. É importante para o correto funcionamento do sistema imunitário.

- Evite a permanência prolongada em espaços fechados e com muita gente. Um ambiente saturado propicia a disseminação de bactérias e vírus pelo ar.

- Vigie a temperatura e a humidade do quarto da criança (21/22ºC e 50/60% humid). Desta forma, torna o ar mais respirável.

- Existem vacinas orais que funcionam como preventivos para as constipações ou, caso não as evitem totalmente, pelo menos amenizam a sua própria gravidade. Informe-se com o seu pediatra acerca de qual será mais adequada para o seu filho.

Caso o seu filho tenha alguma doença associada, como asma, por exemplo, deve ter em conta as indicações específicas para o caso dele.

Ranhocas. O que fazer?

Se as secreções do seu filho são transparentes ou brancas claras, não há motivo para grande alarido. Mas se forem com cor e/ou cheiro, é porque têm alguma bactéria ou vírus associada.

Se ele já tiver idade suficiente, deve incentivá-lo a assoar-se com frequência. Recomende o uso de lenços de papel, que devem ser descartados após cada utilização.

Se a criança for muito pequenina terá de lhe dar uma ajuda. Aí vem algo que eles não gostam nada, mas que até traz um grande alívio: o aspirador nasal. Comece por humedecer as cavidades nasais (soro, água do mar ou água do mar hipertónica). Introduza o aspirador nasal no nariz da criança e comece a aspirar. Os movimentos devem ser firmes e rápidos, mas com cuidado para não provocar lesões.

De acordo com a idade da criança, pode recorrer também a gotas descongestionantes nasais, bálsamos peitorais ou mesmo xaropes anti-histaminicos. Mais uma vez, deve aconselhar-se com o seu médico ou farmacêutico.

Dependendo da opinião médica, o nebulizador pode ou não ser utilizado. Nebulização só com soro fisiológico ou com alguma outra solução prescrita.

"Mamã, dói-me a garganta!"

Através de observação direta verifique se está inchada, vermelha ou com pontinhos brancos. Se sim, recorra a um médico. Se for somente uma simples dor pode recorrer a pastilhas, sprays ou xaropes, sempre de acordo com a idade da criança e com supervisão de um médico ou farmacêutico. Opte por amornar a água que lhe dá de beber. É uma boa oportunidade para o habituar a chás. NUNCA dê mel antes dos 3 anos de idade!

Preparar o quarto de dormir

Como já foi dito, deve controlar a temperatura e humidade do quarto. Opte por levantar a cabeceira da cama, por exemplo, pondo uma toalha dobrada debaixo do colchão, de modo a elevá-lo um pouco na zona da cabeça. Desta forma, vai permitir que seja mais fácil respirar durante o sono.

Prefira cobertores e mantas em vez de edredons e não deixe peluches pela cama.

Cinesioterapia respiratória

É uma técnica efectuada por fisioterapeutas que ajuda o seu filho a expulsar as secreções. Por vezes, uma só sessão é suficiente. Outras vezes são necessárias várias intervenções.


Se os sintomas forem acompanhados de febre deve consultar o pediatra.


Fátima Montenegro – Farmacêutica e mentora do projeto Passitos

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