terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Escrever ou não uma carta ao Pai Natal? A psicóloga Rita Castanheira Alves dá a resposta.


Imagem retirada da internet.
E porque é Natal!
Vamos escrever a Carta ao Pai Natal?

É frequente os pais que nos contactam perguntarem-nos nesta época se é aconselhável escrever a Carta ao Pai Natal com os seus filhos.

Aqui fica a nossa reflexão sobre o tema.

A carta ao Pai Natal pode ser um documento que fortalece a fantasia e o imaginário das crianças, condições essenciais e importantes no seu desenvolvimento, e como tal poderá ser escrita. Inclusivamente, quando bem aproveitada, é uma excelente ferramenta para explicar à criança um conjunto de valores e ideias: a partilha, a necessidade de tomar decisões, a escolha, a frustração… Os pais, ao explorarem a carta da criança ao Pai Natal podem, de uma forma adaptada à fase de desenvolvimento da criança, desenvolver estes valores com ela e reflectir com ela sobre estas questões tão actuais e tão necessárias para o seu crescimento equilibrado. Em simultâneo, está a ser permitido à criança que desenvolva o seu imaginário e fantasia, tão importantes para o seu desenvolvimento, e ao mesmo tempo que lhe comecem a ser incutidos valores essenciais para a sua vida e para a realidade em que está a crescer.

Mas escrevemos uma carta mesmo com a crise? O Pai Natal também está em crise…
A crise financeira que atravessamos, como qualquer assunto da nossa realidade e que afecta o dia-a-dia da criança, poderá ser abordado de forma simples e adaptada ao seu nível de compreensão e de maturidade emocional e não é necessário esperar pelo Natal para a explicar. É importante que a criança seja atenta, curiosa, mas não passar uma extrema preocupação para ela. Mostrar-lhe sim que os adultos cuidarão da situação e que ela, com a partilha, compreensão e poupança à sua maneira, poderá também estar a contribuir bastante, valorizando-a por isso. Assim, o momento da escolha dos pedidos a incluir na carta ao Pai Natal poderá ser uma excelente oportunidade para desenvolver a consciência de partilha, de poupança, de necessidade de escolha da criança, numa fase em que a crise é a palavra que mais se ouve em tantas casas.

O importante é conseguir, deste modo, desenvolver com a criança a fantasia e o seu imaginário, em equilíbrio com a consciência da necessidade de poupar, partilhar e fazer opções; valores essenciais sempre e não só em tempo de crise.

Já escreveram a vossa carta ao Pai Natal?

Rita Castanheira Alves,
Psicóloga clínica coordenadora da MindKiddo, área infanto-juvenil e familiar da Oficina de Psicologia


Powered by:



Sem comentários:

Enviar um comentário

Arquivo do blogue

Seguidores