Imagem retirada da internet. |
E porque é Natal!
Vamos escrever a Carta ao Pai Natal?
É frequente
os pais que nos contactam perguntarem-nos nesta época se é aconselhável
escrever a Carta ao Pai Natal com os seus filhos.
Aqui fica a
nossa reflexão sobre o tema.
A carta ao Pai Natal pode ser um documento que
fortalece a fantasia e o imaginário das crianças, condições essenciais e
importantes no seu desenvolvimento, e como tal poderá ser escrita. Inclusivamente, quando bem aproveitada, é uma
excelente ferramenta para explicar à criança um conjunto de valores e ideias: a
partilha, a necessidade de tomar decisões, a escolha, a frustração… Os pais, ao
explorarem a carta da criança ao Pai Natal podem, de uma forma adaptada à fase
de desenvolvimento da criança, desenvolver estes valores com ela e reflectir com
ela sobre estas questões tão actuais e tão necessárias para o seu crescimento
equilibrado. Em simultâneo, está a ser permitido à criança que desenvolva o seu
imaginário e fantasia, tão importantes para o seu desenvolvimento, e ao mesmo
tempo que lhe comecem a ser incutidos valores essenciais para a sua vida e
para a realidade em que está a crescer.
Mas escrevemos uma carta mesmo com a crise? O Pai Natal também
está em crise…
A crise financeira que atravessamos, como
qualquer assunto da nossa realidade e que afecta o dia-a-dia da criança, poderá
ser abordado de forma simples e adaptada ao seu nível de compreensão e de
maturidade emocional e não é necessário esperar pelo Natal para a explicar. É
importante que a criança seja atenta, curiosa, mas não passar uma extrema
preocupação para ela. Mostrar-lhe sim que os adultos cuidarão da situação e que
ela, com a partilha, compreensão e poupança à sua maneira, poderá também estar
a contribuir bastante, valorizando-a por isso. Assim, o momento da escolha dos
pedidos a incluir na carta ao Pai Natal poderá ser uma excelente oportunidade
para desenvolver a consciência de partilha, de poupança, de necessidade de
escolha da criança, numa fase em que a crise é a palavra que mais se ouve em tantas casas.
O importante é conseguir, deste modo, desenvolver
com a criança a fantasia e o seu imaginário, em equilíbrio com a consciência da
necessidade de poupar, partilhar e fazer opções; valores essenciais sempre e
não só em tempo de crise.
Já
escreveram a vossa carta ao Pai Natal?
Rita Castanheira Alves,
Psicóloga clínica coordenadora da MindKiddo,
área infanto-juvenil e familiar da Oficina de Psicologia
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