Um dia no Jardim Zoológico de Lisboa

Não sei se estão recordados do passatempo em que o prémio era uma visita ao Jardim Zoológico e um Workshop sobre Nutrição Infantil. O convite partiu da Milupa e do Clube Aptababy e o grande dia foi sábado... e foi um dia em cheio. Olá se foi ;)

Como o Workshop era primeiro, o Gonçalinho e o Marco foram ter comigo mais tarde. Assim, poupei o pequenote, que ainda não tem andamento para uma manhã e tarde non stop (apesar dele achar que sim), e poupei-me a mim também. Pude estar descansadinha a aprender quais os alimentos mais apropriados ao meu filho e que cuidados devo ter com a alimentação dele.

Antes do Workshop começar ainda conheci a minha seguidora que ganhou o passatempo. Gostei muito dela :) Podem pensar "ah, mas também não virias para aqui dizer que não gostaste dela!". Sim, não o faria, mas também não diria que tinha gostado :)

Neste caso houve mesmo empatia. Pelo menos da minha parte :P Não falámos muito, mas pelas poucas palavras que trocámos, achei-a super simpática, com um sorriso contagiante e dona do tipo de simplicidade de que gosto numa pessoa. Tive ainda o prazer de conhecer a família :) Uma família toda giraça e simpática!

Eu, o ursinho do Clube Aptababy, a Ana (a seguidora vencedora) e um dos filhotes!

Neste evento tive também a oportunidade de rever algumas mummy bloggers: a Olga, a Sofia, a outra Sofia, a Sara e a Catarina. E, finalmente, conheci a Inês do Maravilhas da Maternidade. Super querida e amorosa, tal como a imaginava ;) 

Estes momentos em que convivemos com outras mummy bloggers sabem-me muito bem :) Pelos momentos em si, por elas e também porque me fazem lembrar os meus tempos de jornalista. De quando ia às conferências e encontrava lá os meus colegas de outras publicações. Ainda hoje mantenho contacto com muitos deles!

Continuando... Seguiu-se o almoço e o passeio pelo Zoo. Durante o almoço o Gonçalo ainda se saiu com uma bonita. Então não é que me viu a comer mousse de chocolate e perguntou-me, alto para todos ouvirem, se eu o deixava ver o cocó?! Valha-me! ahahahaha

O Gonçalinho e a Nônô (filha da Olga). O Gonçalo não a largava!

Adoro esta foto! <3

A filha da vencedora do passatempo do blog da Olga, a Nônô e o Gonçalo. Os três da vida airada!

O Gonçalo e a Nônô a verem o espetáculo dos Golfinhos. Aquela menina ao lado da Nônô é a Olga.  É das mummy bloggers que conheço pessoalmente há mais tempo. Mal conheci a Olga simpatizei logo muito com ela. O tempo tem-me vindo a mostrar que tinha razão para tal ;)

A fera lá do sítio. Uma das, pelo menos.

Eu e o meu amorzinho. E as girafas também!

O passeio foi ótimo e o espetáculo dos golfinhos também, mas digamos que não posso dizer que usufrui a 100%. Nem a 80%, na verdade. É que apesar de não ter ido logo de manhã, o Gonçalo não fez a sesta habitual depois de almoço e chegou ali às 16h e tal e já estava com uma soneira daquelas que chamam a birra. E que chamam com força. Sentava-se no chão porque não queria andar mais, estava impaciente... como deve ter visto que estas dicas não estavam a resultar, a dada altura deve ter achado que era melhor ser mais claro e chegou-se ao pé de nós e pediu para ir para casa. E nós fizemos-lhe a vontade. Ficou taaanta coisa para ver :(

Seja como for, foi um dia em cheio e muito divertido. Venham mais ;)! O meu obrigada à Milupa, ao Clube Aptababy e à Nádia, da Omni <3

"À mesa o bebé não é um mini-adulto"*

Este era o mote do workshop dado pela Dra. Paula Nolasco que, como o nome indica, pretende dar dicas sobre quais os cuidados a ter com a alimentação dos nossos pequenotes. Por mais que o nome do workshop pareça óbvio, a verdade é  que este facto é muitas vezes esquecido.

Começando logo pelos primeiros tempos das crianças, a Dra. Paula relembrou o quão importante é o leite materno, visto que fortalece bastante o sistema imunitário do bebé. Ainda no que toca ao leite de vaca, é contra-indicado até ao primeiro ano de vida e, de preferência, só deve ser dado a partir dos 3 anos de idade.

Já agora, sabiam que a maturidade óssea é atingida aos 26 anos? Ahh pois é!

E agora uma dúvida que acho que é comum a quase todas as mães: deve-se começar pelas sopas ou pelas papas? 

Segundo o que foi dito neste workshop, tanto faz. Nota-se, contudo, uma tendência para optar pela papa no norte do país, enquanto que o centro e sul tem mais tendência a começar pela sopa.

Para a Dra. Paula Nolasco, o que é realmente importante nesta fase é introduzir algum alimento semi-sólido, no sentido de estimular a degustação e a mastigação; e isto deve ser feito o mais tardar aos 7 meses.

Outro ponto que se deve ter muita atenção, é que apesar do bebé entrar na dieta familiar a partir do primeiro ano de vida, não quer com isto dizer que pode comer tudo o que nós comemos. Isto, porque a partir de 1 ano de vida a criança duplica o tamanho, precisa de 3x menos açúcar e sal que os adultos, aumenta de peso 5x e precisa de 4x mais cálcio. Ou seja, as necessidades deles são largamente diferentes das nossas! Além do mais, entre os 12 e os 36 meses há que prevenir os riscos nutricionais, nomeadamente o excesso de proteína, o excesso de gorduras saturadas (fiambres e coisas que tais), o excesso de sal e de açúcar.

E porque é que isto é tão importante seguir à risca em vez de assobiar para o lado porque assim o miúdo até se cala um bocado?

Porque o risco cárdio-vascular começa a formar-se logo na infância!

Quando queremos dar bolachas, cereais, etc, aos nossos filhos, devemos ver se a embalagem tem a indicação de idade. Se não tiver qualquer menção a tal, é porque é um produto direcionado aos adultos e não às crianças. 

Sabiam que Portugal e o Reino Unido são os países que estão no topo da lista quando se trata de comer cereais ao pequeno-almoço? Um dado positivo, mas que deve ser controlado no caso das crianças. É que se lhes dermos cereais com mais açúcar do que aquele que elas devem comer, então estamos a estragar tudo! E tendo em conta que a maioria dos cereais à venda no mercado têm demasiado açúcar para elas, há mesmo que controlar este aspeto.

De resto, a Dra. Paula Nolasco defendeu que tudo o que está no mercado direcionado às crianças é alvo de um apertadíssimo controlo e altamente regulado, e isso começa logo no produtor. Uma boa notícia :)

Outro dado a ter em consideração é que a partir dos 7/ 8 meses deve-se sentar a criança à mesa com os pais, pelo menos numa das refeições. Um dos motivos é ensiná-los a distinguir as refeições.

Por fim, a ideia de dar grandes quantidades de comida às crianças está errada. Ouviram avós desta vida??!! 

Há que ter em conta que as crianças têm um estômago muito mais pequeno que o de um adulto. Ao darmos grandes quantidades de comida a uma criança, o estômago dela acaba por ir dilatando e com o tempo faz com que ela nunca se sinta saciada e tenha necessidade de comer muito mais do que precisa. Este comportamento acaba por dar origem a problemas de obesidade e a tudo o que de negativo para a saúde isto pode implicar.

Por fim, outro reminder aparentemente básico: é impossível que os nossos filhos tenham uma alimentação saudável e equilibrada, se nos virem a ter uma alimentação completamente desequilibrada. Não nos podemos esquecer que somos o 1º exemplo para os nossos filhos!!!

* Os dados apresentados foram os discutidos e defendidos pela Dra. Paula Nolasco. Não refletem conhecimentos pessoais na área nem opiniões pessoais.