domingo, 19 de maio de 2013

Tinha tudo para ser um dia de festa




... E na verdade foi. Mas só porque todos os que ali estavam se esforçaram para empurrar da frente a nuvem do medo e da preocupação!

Ontem, no Terreiro do Paço, milhares de estudantes festejaram o final do curso e o início de uma nova etapa das suas vidas. Uma etapa muito ansiada e repleta de expectativas. 

Os pais e familiares que assistiam ao encontro transbordavam de orgulho. Um orgulho traduzido em sorrisos, em muitas fotos tiradas, em tentativas desesperadas para filmar tudo o que estava a acontecer, de modo a registar para a prosperidade o primeiro passo daquilo que serão (ou deveriam ser, pelo menos) os frutos resultantes de anos de esforço e dedicação.

D. José Policarpo, que ontem celebrou a sua última missa, tentou transmitir palavras de esperança aos presentes e, coincidentemente ou não, no momento da bênção choveu; o que aos meus olhos de católica me soou a um sinal divino! 

... Deus queira que tenha sido isso!

Eu estava lá porque o meu maninho, que para mim é quase como um filho, também estava ali entre os jovens finalistas, na bênção das pastas que também era a dele!

Inevitavelmente, as lágrimas apareceram mais que uma vez. Lágrimas de alegria e comoção, que imediatamente foram seguidas por um apelo a Deus. Um apelo para que o guie, para que o ajude a ser feliz e para que não o obrigue a sair do país. Mas mal tive este pensamento dei-me conta de duas coisas. Primeiro, que neste momento não sei se não serei eu a ir primeiro. Segundo, que o que eu quero mesmo é que ele se sinta realizado e não sei se isso é compatível com a sua permanência em Portugal. Assim sendo, refiz o meu pedido. Pedi a Deus que o ajude a ser feliz. Ponto final parágrafo. Afinal, pedir para que não nos afastemos fisicamente é puro egoísmo da minha parte. Infelizmente, é a este ponto que chegámos.

Quando o meu irmão nasceu eu tinha 9 anos. Para mim, ele é mais do que um irmão. É uma espécie de irmão-filho. Foi com ele que senti um amor que desde sempre achei que fosse similar ao amor materno. Achava-o na altura e agora que sou mãe tenho a certeza. O meu irmão cresceu mas, para mim, vai ser sempre o meu irmão pequenino; por quem eu sinto um amor gigante e a quem desejava poder proteger de qualquer mal e oferecer-lhe tudo de bom. Só espero que esta nova fase seja constituída por boas surpresas e muitas vitórias. E que quando alguma coisa correr menos bem, que ele consiga dar a volta e fazer com que as coisas joguem a favor dele. Que nunca lhe falte a força e perseverança e que a sorte esteja sempre com ele!

Parabéns P.!!!! <3

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