terça-feira, 31 de julho de 2018

Se é assim está bem!

Fui buscar o Francisco à escola e, a caminho de casa, começámos a conversar sobre o nosso dia. A dada altura ele conta-me que tinha estado a brincar com o amigo, a "fazer comidas com terra".

Sorri, comentei que deve ter sido muito engraçado, até que me lembrei de perguntar:

"Mas não puseste a terra na boca, pois não? Foi só a brincar, não foi?"

"Não, não pus na boca." - respondeu-me num tom tranquilo. E acrescentou:

"Foi xó na língua!"

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Fases

Foto: Pinterest
Há dias perguntaram-me porque é que andava a escrever menos aqui no blog. Porque é que andava mais ausente.

Na verdade não é de agora mas, ultimamente, talvez se note mais, ainda que os motivos tenham vindo a variar ao longo dos tempos.

Comecei a ser menos regular por aqui quando a minha vida começou numa espiral de acontecimentos que me sugaram completamente a força, a energia e a vontade. A pouca que sentia canalizava-a no meu trabalho e, essencialmente, nos meus filhos. Além disso, e como cheguei a confidenciar-vos, havia muita coisa que não podia, nem queria, partilhar e isso levava-me, inevitavelmente, ao silêncio e à tal "ausência blogosférica". Não era que me faltassem temas para escrever, acreditem!

Mas dizem que o tempo cura e resolve tudo e assim é.

Fazendo uma analogia, é como quando há uma tempestade. Ela destrói tudo à volta e, no final, há que limpar, arrumar e reorganizar o que ficou... para depois começar de novo.

Ainda estou na parte do "arrumar", e sinto-me a um passo de me "reorganizar".

Até chegar à fase do "começar de novo" acredito que o ritmo na escrita continue a ser irregular. Andará ao sabor do vento, que é como quem diz, ao sabor do que a vida me for trazendo.

Mas não pensem que escrevo estas linhas com uma carga dramática adjacente. Pelo contrário! Tenho descoberto um lado em mim que não conhecia, e do qual gosto, e sinto-me cada vez mais serena. Tenho aprendido a "aceitar" o que a vida me dá e não têm ideia da diferença que isso pode fazer (não confundam isto com resignação ou conformismo). Além do mais, tenho aprendido também a dar mais valor a certas coisas, ao mesmo tempo que aprendi a desvalorizar o que não merece a minha atenção ou energia. E tudo isto junto dá à vida uma leveza muito maior. Ainda não estou no ponto, mas tenho feito grandes progressos :)

No fundo, o segredo (nem sempre fácil de gerir) passa muito por ser paciente, dar tempo ao tempo e ter fé!

quarta-feira, 25 de julho de 2018

As pessoas da minha vida

Cada vez acredito mais na teoria de que a maior parte das pessoas que passam pela nossa vida não aparecem por acaso, ainda que, na maior parte das vezes, só consigamos perceber qual o seu papel algum ou muito tempo depois.

Olhando para o meu passado e presente, consigo identificar o papel de muitas pessoas que me foram e são próximas. Umas continuam na minha vida,  outras não. Umas ganharam relevo, outras perderam. Umas foram responsáveis por momentos muito felizes, outras nem por isso. Umas fizeram-me rir e chorar em proporções quase iguais. Umas suscitam-me memórias que me fazem sorrir e me transmitem carinho, outras, ainda que tenham tido um peso significativo na altura, suscitam-me alguma indiferença (fruto da relatividade que o tempo dá às coisas)...

Em cada uma das situações percebo que a relação que tenho com elas no presente depende,  claro, do que vivemos no passado, mas também da sensação de que na altura se viveu tudo o que havia para viver. Se hoje tenho relações fortes e estreitas com algumas pessoas, é porque não ficou nada pendurado. Não há sentimentos menos negativos associados, como muitas vezes trazem os "e se" ou os "porquê". Mesmo que não tenha sido tudo um mar de rosas. Porque a questão não é essa.

Tenho a felicidade de ter ao meu lado pessoas que me fazem sorrir. Que me fazem sentir feliz. Que me fazem sentir leve. Especial. Que querem o meu bem e que contribuem para dar um colorido muito especial à minha vida e me ajudam a ser feliz. E isso é tão bom!!!

quarta-feira, 18 de julho de 2018

A guarda partilhada e o bom senso

A propósito da discussão na Assembleia da República de uma petição que propõe que, em caso de divórcio ou de separação judicial, se altere o código civil perante um formato de guarda conjunta dos filhos, vieram logo algumas associações, que se dizem feministas (o que eu, que sou feminsta, considero um atentado, porque se elas são alguma coisa, é fundamentalistas)  opôr-se a ela, usando argumentos que não lembram ao menino Jesus.

Eu tenho a minha opinião sobre este tema mas, em vez de a dar, deixo aqui um artigo genial que saiu hoje no Negócios, escrito pelo psicólogo Eduardo Sá e pela jornalista Isabel Stiwell. Só o título diz tudo: "A guarda conjunta do bom senso".

Porque é isto! Sem tirar nem pôr.

Haja bom senso!


Os meus Chefs

Há dias fui com eles à Kidzania, a convite da Condi.

As crianças que conhecem este espaço - do qual o Gonçalo é completamente fã (ao ponto de já ter feito lá um aniversário) e, graças a este dia, o Francisco também se juntou ao clube - já sabem que quem lá vai tem como palavra de ordem "brincar até mais não". Contudo, neste dia, eles tinham uma "missão" acrescida: aprender como se faz uma boa gelatina!

Foi uma tarde giríssima e eles adoraram vestir o papel de chef. Mantiveram quase sempre um ar concentradíssimo, que é típico deles quando não querem perder pitada.

É verdade que agora passam a vida a querer fazer gelatina, o que até nem é mau :)




As mamãs (e pai) babadas e os filhos mega-felizes, como elas gostam :)

Mandela

Porque hoje se assinala o centenário do nascimento de Nélson Mandela, seguem duas citações suas que tão bem o caracterizam:

"What counts in life is not the more fact that we have lived. It is what difference we have made to the lives of others that will determine the significance of the life we lead."

"As we let our own light shine, we unconsciously give other people permission to do the same."

sexta-feira, 13 de julho de 2018

...

"Às vezes afastamo-nos para refletir. Outras, porque já refletimos."

Helen Villiger

quinta-feira, 12 de julho de 2018

À minha metade!


Passei nove anos da minha vida como filha única e desde que tenho consciência de mim que me lembro de detestar isso. Por esse motivo, pedia constantemente aos meus pais para me darem um irmão.

Nã sei se eles se lembram disto, mas eu recordo-me que chegou a ser um dos meus pedidos ao Pai Natal.

Para mim não fazia sentido eu não ter irmãos. Qual era a piada de ser filha única? Crescer como filha única?

De outra coisa que me lembro perfeitamente é do dia em que me disseram que ia ter um irmão. Foi dos dias mais felizes da minha vida! Assim como o foi o dia em que ele nasceu.

Foi com o meu irmão que, pela primeira vez, senti o que mais tarde viria a saber chamar-se de "instinto maternal". Aquele sentimento de que tinha de o proteger e a ansiedade de perceber que, infelizmente, a felicidade dele não estava nas minhas mãos.

Também me lembro de ter sofrido quando ele teve o primeiro desgosto de amor. De ficar preocupada quando ele saía à noite e nunca mais chegava a casa...

O meu irmão faz anos hoje e eu não poderia estar mais feliz. Porque ele está bem, porque está um homenzinho, porque é uma pessoa extraordinária e porque me sinto uma privilegiada por o ter como irmão.

Parabéns mano! E olha, apesar de não haver volta a dar e da tua felicidade não estar nas minhas mãos, no que depender de mim serás a pessoa mais feliz do mundo! (tu mereces!)

Love you!

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