quarta-feira, 13 de setembro de 2017

Felicidade

Com o tempo aprendi que a felicidade não é um estado de espírito constante. Ou, pelo menos, não tem que ser. A felicidade também pode ser feita de momentos. Momentos que enchem o coração e que, quando passam e depois pensamos neles, nos fazem sorrir com ternura.

A felicidade cria portas para memórias doces,  de dias, de momentos, que não queremos esquecer.


O mundo é teu!

O Gonçalo começa hoje uma nova etapa da vida dele. Começa o 2o ano :-)
Para ele é mais um dia mas, para mim, é muito mais. Para mim é (mais uma) constatação de como o tempo passa a voar. De como eles crescem rápido. É um dia que me enche de orgulho e, ao mesmo tempo, de nostalgia. Mas, acima de tudo, é um dia feliz.

terça-feira, 12 de setembro de 2017

E se...

Hoje li uma entrevista do Observador ao Paul Auster e, a determinada altura, pode ler-se que em muitas das suas obras o escritor parte muito da premissa "e se..." (como, aliás, pode ser constatado no seu último livro "4 3 2 1").

Isto fez-me pensar na minha vida e nas decisões que tomei até hoje. Algumas difíceis!

Cheguei à conclusão que não me arrependo de nenhuma das decisões que tomei no passado. Nenhuma! Nem aquelas que me sairam do pêlo, ou porque sabia que me iam trazer muitas dores de cabeça ou porque não eram escolhas que realmente queria fazer, mas percebi que era o melhor caminho a seguir.

Em ambas as situações, não sei bem como, arranjei a força de que precisava.

Olhando para trás, tenho a certeza absoluta que se tivesse feito as coisas de outra forma estaria muito pior do que estou agora. Podem dizer "nunca saberás", mas sei. Sei, porque a vida acabou por me dar provas disso.

Mas isto é em relação ao passado. O presente é sempre muito mais complicado e às vezes receio que a dada altura da minha vida tenha perdido a capacidade de análise e, consequentemente, a capacidade de fazer escolhas certas. Ou, pelo menos, de não fazer escolhas erradas.

Acho que sempre tive um anjinho a ajudar-me neste campo. A orientar-me. Por isso, quero crer que ele não me abandonou e que daqui a um ano, por exemplo, eu vou olhar para trás,  para o meu hoje, e sentir o que sinto no presente em relação ao meu passado: a tranquilidade da certeza absoluta de que fiz as escolhas certas.

Spooky

Quando há cerca de um mês reencontrei uma pessoa que não via há vários anos e com quem me dava muito bem, achei piada e fiquei contente. Quando uns dias depois soube notícias de uma outra pessoa de quem já não sabia nada há séculos, e que conheci na mesma fase da outra, achei uma coincidência engraçada. Quando isto aconteceu uma terceira vez, já foi um bocado estranho (até porque desta dispensava notícias). Mas isto acontecer uma quarta vez...

Não me leves a mal destino, universo, ou lá o que isto for, até porque em quase todos os casos gostei de ter notícias dessas pessoas, mas convenhamos... começa a ser um bocado spooky!

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

S e t e m b r o

Gosto particularmente do mês de setembro. Sempre gostei mas, desde que o Gonçalo nasceu, ele tem um sabor ainda mais especial.

Setembro é uma espécie de "janeiro" para mim. Talvez por ser neste mês que se inicia o ano letivo, habituei-me a vê-lo como um mês de balanços. De planos. De resoluções. De fins de ciclo. De recomeços...

Em setembro retomo fôlego e deixo-me alimentar por sonhos e esperanças, mas com os pés na terra. Sem ilusões. A idade ajuda-nos a encontrar este equilíbrio

Em setembro, tal como Fernando Pessoa, tenho em mim todos os sonhos do mundo.



domingo, 10 de setembro de 2017

Como está o Francisco

Partilhei convosco o que aconteceu ao Francisco na segunda-feira passada. Hoje, e porque tenho leitoras que são umas queridas e que me têm perguntado no Facebook e enviado mails a perguntar como é que ele está, queria dar-vos um ponto de situação.

Graças a Deus ele está bem melhor. Na sexta-feira acabei por ir com ele para as urgências de Santa Maria (a terceira ida às urgências em cinco dias) e eles conseguiram, pelo menos, descolar o olho. Ele saiu de lá com o olho totalmente aberto, mas até terem conseguido  esta proeza foi um filme de terror para mim e para ele.

Imobilizaram-no, ele tinha duas enfermeiras a agarrá-lo e dois médicos para lhe tirarem a cola. Mandaram-me sair e não vos consigo expôr em palavras o que senti.

O Francisco gritava, soluçava, chamava por mim, e eu, cá fora, mas a ver tudo, senti-me tão pequenina, tão impotente, tão incapaz... era ele a chorar lá dentro e eu cá fora. Até veio uma enfermeira abraçar-me! Que querida!

Ele ainda não está totalmente bem, porque ainda tem muita cola na zona do sobrolho e não só, mas quero acreditar que o pior já passou.

Muitos amigos perguntaram-me porque é que não divulguei no blog em que hospital é que fizeram isto ao Francisco, porque claramente esta foi uma situação de pura negligência médica, e a resposta é simples: Já fui àquele hospital dezenas de vezes e nunca, mas nunca tinha tido razão de queixa. Não quero avaliar o hospital por esta situação em concreto. Não seria justo para todos os excelentes profissionais que já apanhei por lá! Agora só preciso de decidir se vou ou não fazer queixa. Isso é outra história. É que isto podia ser muito grave!

sábado, 9 de setembro de 2017

A minha mãe mentiu-me!

Quando era miúda detestava peixe cozido. Todo o tipo de peixe, mas se fosse pescada, então, era mil vezes pior.

Sempre que a minha mãe dizia que era peixe cozido era um pesadelo para mim. Começava a imaginar-me a ter de comer aquela coisa horrorosa, com um sabor e com um cheiro que me davam náuseas... era tudo horrível!

A minha mãe sempre disse que quando eu crescesse ia passar a gostar, mas eu não acreditei. Desde que saí de casa dos meus pais, nunca mais fiz peixe cozido para mim... até hoje.

Hoje, como fiz para eles, resolvi ser uma maluca aventureira e fiz também para mim e posso dizer-vos que, por mais que uma vez, tive que me levantar da mesa para eles não verem que eu estava absolutamente nauseada, ao ponto de ter vómitos.

Moral da história: não é 100% certo que todos os adultos gostam de peixe cozido! Eu continuo a não gostar e não tenciono meter-me nisto outra vez!

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

As crianças são fantásticas!

Contei-vos o que aconteceu com o Francisco. Já lá vão 3 dias e, embora já se veja algumas melhoras, nada que me deixe descansada.

Mas pensam que ele se queixa?!

Ele anda ali, tipo pirata, com um olho aberto e o outro semi-aberto, para ver as pessoas tem de pôr a cabeça numa posição mega-estranha, mas pronto. Ele adaptou-se no próprio dia. Sem lamúrias ou queixumes. Só não gosta que mexam lá mas, de resto, é como se não fosse nada com ele.

As crianças têm uma capacidade de adaptação surpreendente! Quem dera os adultos terem só metade desta capacidade!

...

Estava a ouvir a música do Salvador Sobral, a que foi ao festival, e comecei a pensar com os meus botões...

Não me canso de a ouvir... talvez por ser de um romantismo comovente, apesar de irrealista.

"Amar pelos dois"...

... seria mais fácil se tal fosse possível mas, ao mesmo tempo, qual seria a graça disso? Seria triste, até! Ninguém devia querer tão pouco. O amor perderia toda a sua magia e essência.

Ainda assim, continuo a adorá-la!



terça-feira, 5 de setembro de 2017

Um dos piores sentimentos do mundo

O sentimento de impotência de uma mãe/ pai perante o sofrimento de um filho, deve ser dos piores do mundo.

Ontem, o Francisco caiu e abriu o sobrolho. Foi um golpe profundo e fomos ao hospital. E uma coisa que, aparentemente, poderia ter sido simples (era pôr cola e pronto), tornou-se em algo muito mais complicado. Nem me vou alongar em pormenores, porque se não corro o risco de praguejar bastante, mas o que aconteceu foi que o olho do Francisco ficou colado. Sim, leram bem. Colado. Deixou de conseguir abrir o olho. 

Seguiram-me cerca de duas horas a tentar solucionar a situação, sendo que de cada vez que médicos e enfermeiros tentavam fazer alguma coisa, eu tinha de o agarrar, porque ele gritava, esperneava, soluçava... foi horrível! Desesperante! Indescritível!

Eu a vê-lo sofrer e sem poder fazer rigorosamente nada! :(

Acabámos por ser reencaminhados para as urgências de um outro hospital, já passava da meia-noite, e já estávamos mais mortos que vivos. 

Não conseguiram fazer nada também, por ser uma zona sensível.

O Francisco caiu à minha frente, na casa de banho. Escorregou de um daqueles degraus que servem para eles chegarem às coisas, e bateu com a cabeça no bidé. No meio disto tudo, tenho a perfeita noção de que um segundo antes dele ter caído, eu tinha passado ao meu cérebro a mensagem de que tinha de lhe dizer para ele ter cuidado. Mas não tive tempo! Antes mesmo do meu pensamento ter acabado, ele caiu. 

Ao sentimento de impotência, junta-se a culpa :( Deveria ter antecipado.

Estou de coração partido! Só quero que ele melhore rápido e que não seja nada de mais!

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